Orgulho paraguaio: tereré é reconhecido pela Unesco como patrimônio da humanidade

A bebida criada pelos guaranis foi avaliada numa cerimônia de votação que ocorreu nesta quinta-feira, 17, em Paris, na França.

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Agora, o apreciador do tereré tem um motivo a mais para saborear a bebida: ela acaba de receber uma distinção mundial.

O Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial da Humanidade, da Unesco (Organização das Nações Unidades para a Educação, a Ciência e a Cultura), com sede em Paris, reunido nesta nesta quinta-feira, 17, declarou o tradicional tereré paraguaio como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, informa cheia de orgulho a imprensa paraguaia.

O jornal ABC Color explica que o tereré é uma “bebida ancestral que até nossos dias mantém sua validade e cuja prática representa a transferência de um legado, mas também uma forma de estabelecer vínculos, já que se trata de uma manifestação cultural e social paraguaia”.

A candidatura do tereré foi proposta pela Secretaria Nacional de Cultura do Paraguai e concorreu numa lista de outros 44 itens.

O jornal Última Hora cita o ministro da Cultura do Paraguai, Rubén Capdevila, que manifestou seu orgulho pela obtenção do reconhecimento mundial para uma prática nacional que atravessou gerações e fronteiras, com os paraguaios que migraram para diferentes países.

“Esta bebida ancestral se transmitiu de geração em geração desde o século XVI até nossos dias. O Paraguai agradece ao Comitê por sua positiva resposta e se compromete a realizar ações para salvaguardar as tradições culturais do país”, disse Capdevila,  numa rápida intervenção durante o evento.

Pelo conceito da Unesco, um patrimônio intangível ou imaterial tem a ver com tradições ou expressões vivas herdadas de nossos antepassados e transmitidas a nossos descendentes, como tradições orais, artes de espetáculo, usos sociais, rituais, atos festivos, conhecimentos e práticas relativos à natureza e ao universo, e saberes e técnicas vinculados ao artesanato tradicional, como explicou o Última Hora.

A explicação tem uma conclusão: o bem imaterial tem que ser tradicional, contemporâneo e estar vivo ao mesmo tempo; ser integrador, representativo e baseado na comunidade.

Vai um patrimônio imaterial da humanidade aí? Neste calor e com este título honorífico, o gostoso tereré cai ainda melhor!

 

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