PF argentina detém grupo que contrabandeava réplicas de armas na fronteira

Organização comprava os produtos em lojas do Paraguai; na casa de um dos suspeitos, foram encontradas armas e munições reais.

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Organização comprava os produtos em lojas do Paraguai; na casa de um dos suspeitos, foram encontradas armas e munições reais.

Agentes da Polícia Federal Argentina (PFA) detiveram, nessa segunda-feira (13), dez pessoas suspeitas de integrar um grupo que adquiria, no Paraguai, réplicas de armas para a prática de airsoft. O produto era introduzido ilegalmente em território argentino com o uso de canoas que cruzam os rios da fronteira em direção a Puerto Iguazú.

De acordo com a agência de notícias Télam, além das réplicas utilizadas para a prática lúdica, os investigadores encontraram armas e projéteis reais em uma residência vistoriada na região de Buenos Aires, sendo uma escopeta calibre 12, duas carabinas semiautomáticas de calibres 9 e 22 milímetros, sete pistolas de calibres diversos, um revólver calibre 38, um colete e um capacete antibalísticos, além de duas mil munições.

Os mandados de prisão, busca e apreensão foram emitidos pela Justiça Federal de Eldorado, município da província fronteiriça de Misiones. No total, 13 locais foram vistoriados em Puerto Iguazú, Buenos Aires e outras localidades, resultando na detenção dos dez suspeitos, entre eles uma mulher de nacionalidade paraguaia, moradora do bairro portenho de Barracas.

Levados à Argentina sem o pagamento de impostos, os equipamentos de airsoft apreendidos consistem em 207 marcadores, dezenas de réplicas de armas diversas (quantidade não especificada), uma réplica de granada, 124 navalhas, 46 facas, 67 tubos de gás, miras, capacetes, coletes, uniformes, calçados e acessórios diversos.

Parte dos materiais apreendidos pela Polícia Federal Argentina (PFA). Imagem: Divulgação / PFA

Conforme as investigações, os produtos eram adquiridos em lojas de Ciudad del Este e levados a Puerto Iguazú em canoas. O depósito central do grupo ficava na região de Buenos Aires, de onde eram feitas as vendas para clientes na própria capital argentina, em municípios da área metropolitana e nas províncias de Córdoba, Salta e Tucumán.

O valor das mercadorias confiscadas, conforme cálculos preliminares, seria superior a P$ 30 milhões (quase R$ 1 milhão). Os dez suspeitos permanecem detidos nesta terça-feira (14), à espera de audiência com o juiz federal Miguel Ángel Guerrero.

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