Polícia Nacional do Paraguai faz alerta e divulga lista de lojas que já lesaram turistas

Publicação, divulgada em redes sociais, foi compartilhada pela imprensa paraguaia e até pelo prefeito de Ciudad del Este, Miguel Prieto.

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O setor de relações públicas da Polícia Nacional do Paraguai publicou a lista das lojas de Ciudad del Este que sofreram intervenção, entre outubro de 2020 e 22 de fevereiro deste ano, por causa de supostas fraudes contra compradores brasileiros.

A publicação inicia com uma “recomendação aos turistas”:

– Evitem comprar nestes lugares (da lista);
– Evitem os piranhas (são aqueles falsos guias que abordam os turistas, pra saber o que procuram e então levá-los a lojas onde são, muitas vezes, vítimas de assalto).

Com estes simples cuidados, podem evitar calotes e outras fraudes.

O jornal ABC Color noticiou sobre a lista e disse que é resultado da “onda de denúncias de supostos casos de fraudes em comércios do microcentro de Ciudad del Este”.

O jornal La Clave informou que, em apenas quatro meses, chega a 20 lojas o total das investigadas depois de denúncias de compristas, a maioria provenientes do Brasil, que reclamaram principalmente de especulação de preços e produtos defeituosos, entre outros.

La Clave destaca que, segundo as queixas, as lojas estão localizadas na Galería Jebai Center, Shopping Alfonso, Shopping Mina India, Shopping Uni América, Shopping Whu e Shopping Vendome.

REPERCUSSÃO

O compartilhamento da publicação pelo prefeito Miguel Prieto, feito na terça-feira (23) à noite, teve até a manhã desta quarta 613 compartilhamentos e 324 comentários (até 9h). O número continua aumentando e a postagem viraliza.

Muitas críticas, muita gente contando que foi vítima das lojas listadas e uma dúvida pertinente levantada por vários internautas: “Alguém pode explicar por que não fecham (esses) comércios? Te podem dar calote e seguir trabalhando?”

Outro internauta explicou: “Não há nenhuma lei que diz que preveja o fechamento do local que provoca fraudes; tristemente, o local a ser demandado muda o produto ou devolve o dinheiro (ao consumidor lesado) e o prejudicado nunca mais pisa na cidade”.

“(Isso) prejudica a todos que trabalhamos legalmente”, acrescentou um terceiro.

E há críticas e sugestões:

– “Se a própria Polícia Nacional informa sobre as irregularidades, por que a municipalidade não fecha estes locais, Miguel Prieto?”

– “Os supostos guias de turismo, chame-se a eles ou não de “pirañitas”, já não estavam proibidos de operar? Por que continuam molestando e pressionando os compristas, e não somente turistas, para que cheguem apenas a certos negócios?”

Há também uma sugestão interessante: colocar, na entrada de Ciudad del Este, um grande painel com o alerta sobre as lojas já investigadas por fraudar turistas. Ou, ao menos, cartazes à porta das galerias e shoppings onde estas lojas (ainda) funcionam.

E, pra não citar muito mais, outra boa sugestão: responsabilizar também as galerias que alugam locais para funcionamento de lojas sem autorização legal, apenas para roubar turistas.

Veja a publicação da Polícia Nacional com a lista:

Observação nossa: qualquer crítica ou reclamação sobre o nome das lojas desta lista deve ser dirigida à Polícia Nacional do Paraguai.

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