Prefeito de Ciudad del Este libera as lojas para abrirem, sem qualquer sanção

Miguel Prieto desobedece o decreto do governo paraguaio, que impôs restrições devido à crise sanitária, durante toda a Semana Santa.

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Em comunicado público, o prefeito de Ciudad del Este, Miguel Prieto, informou que, depois de uma reunião com representantes da Câmara de Comércio e Serviços, decidiu que a Prefeitura não aplicará sanções às lojas que decidirem funcionar normalmente durante a vigência do decreto presidencial, desde que cumpram as medidas sanitárias, informa o jornal ABC Color.

Pelo decreto presidencial, o comércio de Ciudad del Este só pode atender com delivery aos pedidos feitos pela Internet. O decreto não fechou as fronteiras nem estabeleceu controle rigoroso na Ponte da Amizade, como havia sido divulgado.

Em Salto del Guairá, os comerciantes também decidiram, na sexta-feira, 26, que iriam abrir as portas normalmente, mas a polícia, no entanto, anunciou que fará respeitar a medida sanitária.

Desde a zero hora deste sábado, 27, a circulação de pessoas, no Paraguai, está limitada à ida a supermercados, farmácias e hospitais. Trabalhadores de serviços indispensáveis e deliveries estão fora desta proibição. O decreto tem validade até o próximo domingo, 4.

VIAGENS E PROTESTOS

Em todo o Paraguai, ainda há protestos contra o governo de Mario Abdo Benítez, o que talvez explique porque parte da população não está cumprindo a recomendação de não viajar da capital para o interior.

Para burlar o decreto, que proibia deslocamentos a partir da zero hora deste sábado, milhares de pessoas anteciparam a viagem.

Um carro da polícia foi queimado por manifestantes. Há 50 pessoas detidas. Captura de tela do site CDE Hot

Em Ciudad del Este, uma manifestação contra o governo terminou com uma forte repressão policial e a detenção de 50 pessoas, depois que um carro-patrulha foi incendiado durante os protestos, no km 10 da rodovia PY02.

Entre os detidos, cerca de 40 são homens e 10 mulheres, segundo informou a polícia, que manifestou preocupação pela quantidade de pessoas aglomeradas, em razão do vírus da covid-19.

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