Google News
O presidente do Paraguai, Santiago Peña (Partido Colorado), esteve na Argentina, nesse fim de semana, para seu terceiro encontro oficial com o colega argentino, Javier Milei, empossado no último mês de dezembro.
Leia também:
Presidentes do Paraguai e da Argentina debatem integração
Peña aproveitou a passagem pela capital Buenos Aires para uma rodada de entrevistas em alguns dos principais veículos de comunicação da Argentina, como o canal de TV El Trece e a Radio Rivadavia.
Convidado principal do programa Almorzando con Juana, transmitido nacionalmente pelo El Trece, Peña afirmou que Paraguai e Argentina estão em um momento de sinergia histórica, que poderá facilitar a resolução das atuais pendências.
“Há uma grande sintonia com Javier Milei”, afirmou. “Nos comprometemos a trabalhar juntos e conversamos sobre as responsabilidades que temos nesse mundo tão complicado, além da necessidade de resolver os problemas internos.”
Sobre o momento econômico argentino, Peña, que é economista, disse crer que “Milei está no caminho correto, mas espero que a sociedade consiga acompanhá-lo, porque tudo isso requer esforços e custos que terão de ser absorvidos”.
O presidente paraguaio apontou que espera, em breve, chegar a um consenso com Milei em relação à hidrovia do Rio Paraná. Ainda no governo de Alberto Fernández, a Argentina começou, unilateralmente, a cobrar pedágio pela navegação por seu trecho do rio.
“Eu vejo que a hidrovia pode se transformar, para a América do Sul, em um dos principais elementos de integração e desenvolvimento. Ainda não olhamos para essa questão com um olhar regional”, considerou. “Mas tenho certeza que chegaremos a pontos em comum.”
Outro aspecto ressaltado por Peña em suas entrevistas à imprensa argentina foi o da segurança. “Não sou especialista no tema, mas montei um conselho de pessoas que sabem do assunto. Não há desenvolvimento se não houver segurança”, asseverou.
Internamente, tanto Peña como Milei são cobrados quanto à falta de resultados no combate ao crime organizado.
Na Argentina, a crise central ocorre na cidade de Rosario, assediada por máfias locais. No Paraguai, os maiores protestos acontecem em Ciudad del Este, com a população exigindo do governo ações mais efetivas no enfrentamento aos roubos, assaltos e furtos.
Comentários estão fechados.