Toque de recolher em Foz deixa comerciantes de Ciudad del Este em alerta

Eles temem que, em algum momento, um dos lados, Brasil ou Paraguai, decrete o fechamento da Ponte da Amizade.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Por enquanto, passa longe das autoridades locais e do Paraná a ideia de fechar a fronteira com o Paraguai. Mas, pra quem depende dos compradores brasileiros pra superar a crise provocada pela pandemia, o toque de recolher decretado pelo governo do Estado assustou os comerciantes de Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este.

O presidente da Câmara de Comércio de Alto Paraná, Iván Airaldi, disse que os comerciantes veem com temor o que acontece em Foz do Iguaçu, noticia o jornal Hoy, com base na entrevista do empresário à rádio Ñanduti.

O jornal lembra que o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou toque de recolher em todos os municípios do Estado, desde 1º de dezembro.

“Vemos com muita preocupação o que ocorre em Foz. Embora com as fronteiras abertas a economia esteja se movimentando, ainda estamos longe da recuperação econômica”, disse Airaldi.

Ele afirmou que os empresários, já há muitos meses, vêm pedindo às autoridades paraguaias que se estabeleça um canal de diálogo para discutir a reativação econômica da região, depois da situação enfrentada com a chegada da pandemia, mas até agora não houve resposta.

O empresário adiantou que, se a Ponte da Amizade voltar a ser fechada, independentemente de ser decisão do Paraguai ou do Brasil, o setor vai se manifestar para que o governo congele as dívidas das lojas e empresas prejudicadas.

“Seguimos na mesma toada, sempre nos escutam mas as autoridades nunca fazem nada, tudo termina aí. E esta nova ameaça de fechamento nos prende a respiração. Esperamos passar dezembro sem ter maiores surpresas”, concluiu.

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