
Turistas de nacionalidade paraguaia estão enfrentando longas filas para a travessia da Ponte Internacional da Amizade, entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu. A demora ocorre devido à necessidade de fazer o registro migratório, tanto na saída do Paraguai como na entrada no território brasileiro.
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De acordo com o jornal La Nación, as filas de ônibus de excursão, que transportam estudantes paraguaios para viagens de fim de ano ao litoral brasileiro, chegaram a três quilômetros em Ciudad del Este, na noite dessa quinta-feira (14), sendo solucionadas apenas durante a madrugada.
Para quem vai viajar rumo às praias de Santa Catarina, por exemplo, o procedimento obrigatório é preencher o formulário de saída do território paraguaio, nos guichês da Direção Nacional de Migrações na aduana de Ciudad del Este, e requisitar a entrada no Brasil no posto da Polícia Federal (PF), na aduana de Foz do Iguaçu.
Nota: para quem faz apenas o trânsito fronteiriço, para atividades como fazer compras na cidade vizinha, não é preciso passar pelos procedimentos migratórios.
No caso do Brasil, a PF criou um sistema de pré-cadastro migratório, no qual o viajante preenche previamente seus dados, como forma de diminuir o tempo de atendimento nos guichês. O Paraguai iniciou a implantação de um sistema similar nos últimos 15 dias, mas a adesão tem sido baixa até o momento.
? Migraciones atribuye largas filas a "coincidencia nefasta" de excursiones en el puesto de control migratorio de Ciudad del Este, frontera con Brasil
?? Jorge Kronawetter, director de Migraciones, dijo que el procesamiento de los menores de edad que viajan en las excursiones… pic.twitter.com/HHLwUp4KC8— Monumental AM 1080 (@AM_1080) December 15, 2023
Em entrevista à rádio Monumental AM, de Assunção, o diretor de Migrações do Paraguai, Jorge Kronawetter, pediu aos organizadores de excursões que preencham os dados dos passageiros nos formulários on-line de pré-registro, lamentando o ocorrido das últimas horas na fronteira.
“Houve uma espera demorada por uma coincidência nefasta para nós, muitos grupos chegando ao mesmo tempo, e com estudantes menores de idade, o que faz com que o trâmite seja muito mais minucioso e demore mais”, afirmou. “Trabalhamos com capacidade máxima, em todos os guichês, embora nossa estrutura seja limitada.”
Para os próximos dias, novas situações de demora estão previstas, uma vez que a segunda quinzena de dezembro é marcada pelo auge das excursões escolares no Paraguai. Da última semana de dezembro em diante, o predomínio passa a ser de famílias viajando em grupos ou com veículo próprio.
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