Homenagem: Marcelo Arruda será nome de lei que permite ascensão a guardas municipais

Aprovação na Câmara reconhece atuação do servidor público iguaçuense em favor da categoria.

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Servidor concursado e diretor do Sismufi, Marcelo Arruda participava ativamente das iniciativas por melhorias e avanços na carreira do funcionalismo público iguaçuense até o seu assassinato, em julho. Uma das últimas causas a encampar foram as reivindicações laborais dos guardas municipais.

Aprovada recentemente, a Lei Municipal 5.134/2022, que permite ascensão e enquadramento aos guardas municipais de primeira classe, levará o nome de Marcelo Arruda. A proposta, que partiu do Executivo, foi aprovada pela Câmara Municipal.

Durante a discussão e aprovação da lei que beneficia os agentes da segurança pública e patrimonial do município, os vereadores lembraram o papel de Marcelo Arruda na obtenção dessa conquista. Como liderança, sempre pleiteou o fortalecimento da carreira, valorização e condições adequadas de trabalho.

“É justa homenagem pela memória do Marcelo Arruda”, pontou o vereador João Morales (União Brasil). “Por todo empenho e trabalho dedicado à força sindical e principalmente neste projeto específico, que teve amplo debate, várias discussões com o Executivo”, completou.

A Lei Municipal 5.134/2022 estabelece três níveis para os guardas de primeira classe, o que assegura a mobilidade profissional, segundo a gestão municipal. O enquadramento é “a título de aperfeiçoamento e capacitação profissional”, expõe a normativa.

Marcelo Arruda ingressou na primeira turma da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu, há três décadas, sendo um defensor da corporação como parte indispensável do sistema de segurança pública. Para cumprir esse papel, dizia, era necessária valorização e investimentos.

Neste ano, em fevereiro, esteve à frente das vozes que se levantaram contra a fala do procurador-geral do município, que cogitou o fechamento da Guarda Municipal. “As raízes que a Guarda Municipal colocou no município são muito grandes, ela é uma referência para todo o Brasil”, disse Marcelo, em entrevista ao programa Marco Zero (assista aqui na íntegra).

O assassinato

Em 9 de julho, o policial penal e bolsonarista declarado Jorge Guaranho invadiu a festa particular de aniversário de Marcelo Arruda e o matou a tiros. Arruda comemorava os 50 anos em festa temática alusiva ao Partido dos Trabalhadores (PT), agremiação na qual militava e exercia o cargo de tesoureiro.

O atirador, que está preso, foi baleado, em reação de legítima defesa de Marcelo Arruda, segundo o Ministério Público do Paraná. Permaneceu cerca de um mês internado e agora é réu por homicídio duplamente qualificado por motivação política. A família pede que a seja feita justiça.

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