O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (23) novas recomendações para a realização da mamografia como parte da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Pela primeira vez, o Ministério recomenda o exame “sob demanda” para mulheres de 40 a 49 anos, conforme a vontade da paciente e a indicação médica.
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Conforme dados do Censo 2022 do IBGE, 14.449 mulheres entre 40 e 49 anos vivem em Foz do Iguaçu. Deste total, 8.342 delas tinham de 40 a 44 anos, e 6.107 de 45 a 49 anos. Em janeiro, 1.400 mulheres esperam na fila de mamografia em Foz, conforme levantamento divulgado pela prefeitura.
O Ministério da Saúde vai revogar as regras anteriores que restringiam o acesso desse grupo etário. Antes, o protocolo oficial do Sistema Único de Saúde (SUS) orientava que mulheres de 50 a 69 anos fizessem mamografia a cada dois anos, mesmo sem sinais ou sintomas. Com as mudanças, o Ministério estabelece:
- 40 a 49 anos: acesso garantido ao exame, sem rastreamento obrigatório a cada dois anos;
- 50 a 74 anos: rastreamento populacional bienal;
- acima de 74 anos: decisão individualizada, considerando comorbidades e expectativa de vida.
Importância do exame
Os especialistas consideram a mamografia o principal exame de rastreamento do câncer de mama. Ela identifica alterações como nódulos, cistos e espessamentos do tecido antes dos sinais clínicos. Quando os médicos suspeitam de alterações, podem indicar uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM, por exemplo, já defendia a realização anual da mamografia a partir dos 40 anos. Em 2024, segundo o Ministério da Saúde, mais de 30% das mamografias feitas no país atenderam mulheres abaixo dos 50 anos.
Além disso, o Ministério da Saúde também incorporou novos medicamentos ao SUS dentro do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico para câncer de mama.