Operação desarticula grupo que movimentou R$ 1,2 bilhão em contrabando e lavagem de dinheiro

Apreensões na fronteira e nas estradas ajudaram Receita Federal a identificar destinatários e modo de agir da organização; ação foi denominada “Modo Avião”.

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Apreensões na fronteira e nas estradas ajudaram Receita Federal a identificar destinatários e modo de agir da organização; ação foi denominada “Modo Avião”.

A Receita Federal do Brasil (RFB) e a Polícia Federal (PF) deflagraram a Operação Modo Avião, na manhã desta terça-feira, 9, contra a lavagem de dinheiro, o contrabando e o descaminho de mercadorias. Alvo da ação, uma organização criminosa é acusada de ter movimentado R$ 1,2 bilhão em um ano e meio.

São cumpridas 56 ordens de busca e apreensão, nos estados do Paraná, São Paulo e Ceará, assim como dois mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal de Curitiba (PR). Ao todo, mais de 300 agentes públicos estão envolvidos na operação.

A Modo Avião é resultado de investigações aprofundadas, a partir de apreensões de mercadorias importadas irregularmente. A elas somam-se informações repassadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf), reportou a assessoria da RFB.

Ao H2FOZ, a Receita Federal informou que, na atuação de desta terça, a Modo Avião focou estabelecimentos na cidade de Londrina e região. Porém apreensões anteriores do órgão na fronteira e em estradas que ligam ao Norte do Paraná contribuíram para o percurso da operação.

“Apreensões realizadas anteriormente pela Receita Federal na região de fronteira e estradas que ligam ao Norte do Estado possibilitaram a identificação dos destinatários e o modo de operação da quadrilha”, afirmou a assessoria da RFB à reportagem. “Estas apreensões em sua maioria foram de produtos eletrônicos, especialmente celulares e notebooks”, concluiu.

O montante em sonegação de impostos é estimado pelas autoridades em R$ 428 milhões, que seriam suficientes para construir mais de 200 escolas públicas, a R$ 1,9 milhão cada uma. “Os investigados responderão pelos crimes de descaminho, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, cujas penas máximas somadas atingem 22 anos de reclusão”, ressaltou a RFB.

Laranjas e empresas de fachada

Segundo a Receita Federal, as apurações indicam a existência de “operações financeiras à margem do sistema financeiro nacional, nas quais podem ter sido usados “laranjas” e “empresas de fachada”. Tudo isso para lucros obtidos a partir de ilícitos.

Além da apreensão das mercadorias que entraram irregularmente no país, a Receita Federal também realizou o levantamento patrimonial e acompanhou a movimentação financeira dos suspeitos.

Modo Avião

O nome da operação refere-se a um comando utilizado para interromper as atividades do celular, assim como as ações de hoje visam a cessar as atividades da organização, relatou a Receita Federal.

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