H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
O Paraguai fechou a quarta-feira, 12, com um número recorde de casos diários, 499. Agora, o total é de 8.018 casos confirmados, dos quais 5.384 recuperados e 8.018 ativos. O índice de recuperação, que oscilava entre 77% e 78% ao longo da semana passada, está agora em 67%.
O país tem 93 pacientes internados, dos quais 35 em unidades de terapia intensiva, também os maiores números até agora.
O número de mortes, com as 7 entre terça e quarta-feira – que repetiu o recorde das 24 horas entre domingo (dia 9) e segunda-feira passada -, subiu para 93.
Em 12 dias de agosto, já são 46 óbitos, quase o total dos registrados desde o início da pandemia no Paraguai, no mês de março.
A média diária de casos está em 226, nos primeiros 12 dias do mês, mais do que o dobro da média diária registrada em julho (pouco mais de 100), mês até então com mais casos e mortes dede o início da pandemia.
Nesses mesmos 12 dias de agosto,as 46 mortes quase equivalem às registradas desde o início da pandemia (47), totalizando agora 93 óbitos provocados pela covid-19.
Mantidas as médias diárias, o Paraguai pode encerrar agosto com quase 7 mil casos, isto é, bem mais do que o acumulado até 31 de julho (5.338). A situação é semelhante em relação às mortes pela doença. A média diária é de 3,8, que, multiplicada pelos dias do mês, pode chegar perto de 120 óbitos.
“Meta” é de no máximo 500 mortes
Embora preocupado com o avanço da pandemia no Paraguai, o diretor geral de Vigilância da Saúde, epidemiologista Guillermo Sequera, respondeu a uma questão que considerou “difícil” feita pela reportagem do jornal Última Hora: qual seria a quantiddade razoável de contágios e mortes por dia.
Depois de titubear, Sequera informou que, para o Paraguai, o ideal é não passar de 10 a no máximo 15 mortes por dia. E fechar a pandemia com 500 mortes. “Seria o aceitável”, disse.
Mas ele se preocupa com o que ocorreu em outros países, como o Chile, que fez controles do vírus por quarentena, mas não se deu bem na implementação.
Em questão de semanas, disse Sequera, os casos dispararam. O Chile, hoje, está em 9º lugar no ranking mundial, em número de casos de covid-19, segundo o ranking da universidade americana Johns Hopkins. Em mortes, está em 14º lugar.
“Se nossa meta é como chegar a 500 mortes, é o ideal. Nós queremos até aí. É o aceitável. Mas não pode acontecer o que se passou no Chile, na Bolívia, que é terrível”, disse Sequera.
Quarentena
Foi o dr. Guillermo Sequera que recomendou ao Paraguai, no início da pandemia, a adotar medidas drásticas de distanciamento social.
Na época, ele foi contra as recomendações técnicas da Organização Mundial da Saúde e adiantou-se às medidas tomadas depois no resto do mundo, como noticiou o jornal Hoy.
Agora, ele recomenda que se tomem medidas para que o vírus circule mais lentamente, já que o relaxamento das medidas sanitárias faz com que o vírus circule con maior facilidade.
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