POD é o tradutor das pautas prioritárias para o desenvolvimento do Oeste

O empresário Danilo Vendruscolo faz um balanço do trabalho à frente do Programa Oeste em Desenvolvimento, em gestão que termina neste mês.

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O Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) está consolidado como um dos principais tradutores e mediadores das pautas da região. A partir dessa afirmação, o presidente da entidade, Danilo Vendruscolo, apresenta um balanço do trabalho e dos resultados da sua gestão, que terminará neste mês de dezembro. 

O empresário iguaçuense foi eleito para presidir o POD por dois mandatos, em 2017-2018 e no biênio 2019-2020. Ele divide a atual direção com os diretores-executivos da Frimesa, Elias Zydek, de Medianeira, e Rainer Zielasko, da Fiasul, de Toledo, que acaba de ser eleito o novo presidente da entidade e assumirá a partir do próximo dia 1º de janeiro.

Vendruscolo explica que o POD redefiniu seu planejamento e forma de atuar, enfatizando as pautas prioritárias que abrangem políticas públicas e projetos estruturantes. Também chegou à sustentabilidade, mantendo-se exclusivamente com recursos dos associados e alcançando a independência financeira em relação a entes governamentais. 

Presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Danilo Vendruscolo – Foto Marcos Labanca

“Nosso colegiado é composto por mais de 60 organizações da sociedade civil, poder público, cooperativas, empresas e universidades”, expõe. “O que fizemos, a partir de proposta da diretoria aprovada pelo Conselho de Administração, foi direcionar nossas energias aos assuntos macro, que produzem grandes transformações”, sublinha Danilo Vendruscolo. 

“Somos ouvidos em todas as instâncias de decisão no Paraná. Não há nenhuma pauta de interesse da região sem que o POD seja ouvido. E não aceitamos que seja de outra forma”, assevera. “Há um alinhamento pleno entre as lideranças da região, com o único propósito de conjugar esforços para desenvolvimento do Oeste”, pontua o dirigente. 

Área livre de aftosa e compra local

Para exemplificar os resultados, Danilo cita a contribuição do POD, por meio de uma forte articulação com a sociedade civil, para o estado obter o reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação. Essa chancela, uma vitória para os produtores rurais do Paraná, foi emitida neste ano pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A principal atração do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) na ExpoLondrina 2014 é a apresentação de um lote de Purunã, raça que vem ganhando notoriedade entre os pecuaristas e já extrapolou as fronteiras do Paraná, tendo criadores no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso e até Amazonas. Foto: Divulgação

Essa conquista, conforme Danilo, permite que o Paraná possa acessar mercados aos quais até então não tinha abertura. “Isso faz com que nossa proteína animal possa ter um sobrepreço nas exportações de até 10%, com esse benefício revertido diretamente aos nossos produtores do setor”, completa. 

Em apoio aos pequenos e médios negócios, durante a crise econômica gerada pela pandemia, o POD e parceiros fizeram chegar o programa de apoio a negócios locais, “Oeste Compra Oeste”, aos 54 municípios da região. Foram ações diretas junto ao consumidor em parceria com o Sebrae, prefeituras, associações comerciais e outras instituições. 

Infraestrutura e logística

Em seu balanço, Danilo Vendruscolo destaca a atuação do programa em prol das grandes obras na região, como o pleito do Aeroporto Regional do Oeste, no perímetro entre Cascavel, Toledo e Tupãssi. Elenca, ainda, a mobilização em torno do compromisso histórico do POD pela ampliação e diversificação dos modais de transporte.

“Nessa pauta, trabalhamos junto ao poder público e a outras instituições pelo prolongamento da malha ferroviária regional de Cascavel até Foz do Iguaçu e à Guaíra, e daí a Maracaju, no Mato Grosso do Sul”, detalha. “É o percurso para consolidarmos a Nova Ferroeste e o Corredor Bioceânico, bem como o Porto Seco Trimodal na fronteira”, prossegue. 

Em infraestrutura e logística, o objetivo do POD é viabilizar todos os modais de transporte a baixo custo para o suprimento e o escoamento da produção. “Assim, teremos novos investimentos na região, com geração de novos empregos, inserção social e segurança nas estradas”, defende Danilo. 

Lideranças do Oeste intensificam mobilização para garantir pedágio mais barato e investimentos nas rodovias na nova licitação – Foto Rodrigo Morosini (Agepar)

 

Pedágio

Na ordem do dia do Programa Oeste em Desenvolvimento está a bandeira pela redução, em pelo menos 50%, da atual tarifa do pedágio, na concessão das rodovias do Paraná em 2021. A reivindicação inclui garantia de obras de ampliação e melhoria nas estradas já nos primeiros anos do próximo contrato com as concessionárias. 

“Em 21 de janeiro de 2016, em um grande evento em Foz do Iguaçu, lançamos o movimento para a não renovação dos contratos de pedágio”, relembra Danilo. “E desencadeou várias audiências públicas em todas as regiões do Paraná, por entendermos que os contratos não poderiam ser renovados por trazerem vários vícios em prejuízo dos usuários.”

“Tudo isso culminou que, em 2019, a atual concessão que opera o trecho da BR-277 Foz-Guarapuava teve que pagar uma multa de R$ 400 milhões em um acordo de leniência”, reporta o presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento. 

Desse valor, R$ 270 milhões foram revertidos em 30% de redução da tarifa, por um período de 12 meses, encerrado neste mês de dezembro. Outros R$ 130 milhões foram destinados à obra do Trevo Cataratas, em Cascavel, melhorias na pista e construção de terceiras faixas na rodovia. 

Energia e inovação

O POD está com uma pauta aberta na Copel que requer a elaboração conjunta de um plano de suficiência, qualidade e segurança da energia elétrica para o setor agropecuário da região. Nessa área, o programa deu suporte à eleição do novo Conselho Consultivo da antiga Cooperoeste, que passou a chamar-se Paraná Energia, e a seu projeto de expansão para fornecimento de energia mais barata, limpa e sustentável. 

Abrigado ao POD, o Sistema Regional de Inovação (SRI) tem funcionamento próprio, disseminando a rede Iguassu Valley nas cidades do Oeste. O Desafio InovaOeste injetou mais de R$ 1 milhão em inovação e empreendedorismo. A região trabalha para a criação de um laboratório de inteligência artificial e ciência de dados, o DataLab, e quer ser reconhecida pelo governo federal como polo de inovação no agronegócio.

Outras realizações

* Espaço de articulação política e institucional das pautas da região no Show Rural Coopavel.

* Representação no Conselho de Desenvolvimento Empresarial e de Infraestrutura do Paraná, presidido pelo governador do Paraná. 

* Assento no Comitê Consultivo Mesorregional Oeste.

* Apoio à constituição de conselhos de sanidade agropecuária nos municípios. 

* Constituição formal da entidade, resultando em personalidade jurídica dotada de estatuto social, CNPJ e orçamento próprio. 

* Realização de edições anuais do Fórum de Desenvolvimento Econômico do Território.

* Reunião com prefeitos e vereadores eleitos no pleito de 2020, no V Encontro de Políticas Públicas dos Territórios Oeste e Cantuguiriguaçu. 

* Formação de mais de 1,7 mil profissionais da educação em novas metodologias educacionais de ensino e Circuito de Experiências na Educação.

* Realização da I Jornada Oeste de Meio Ambiente e do IV Seminário de Energias do Oeste do Paraná.

* Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Cesar Pontes, palestra como convidado especial da reunião anual do SRI/Iguassu Valley.

 

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