Itaipu Binacional transferiu, na última terça-feira (23), duas aves nascidas no Refúgio Biológico Bela Vista, em Foz do Iguaçu, para o Paraguai.
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As duas harpias (Harpia harpyja), com 5 e 6 anos de idade, passarão a integrar o plantel do Centro Ambiental Tekotopa, na fronteiriça Hernandarias. Em Foz, elas eram chamadas de Cinquentinha (macho) e Pangeia (fêmea).
De acordo com Itaipu, a medida dá início a um projeto de conservação integrada da espécie de ave de rapina entre os dois países.

Embora as aves continuem sob a guarda da empresa binacional, o processo de transferência adotou o trâmite necessário para a exportação de animais. A travessia entre um país e outro, por exemplo, ocorreu pela Ponte da Amizade, e não pela área da usina.
“Providenciamos mais de dez autorizações, exigidas pela Receita Federal, Ministério da Agricultura e Pecuária, Ibama e diversos órgãos ambientais”, explicou a médica-veterinária da margem brasileira de Itaipu, Aline Konell.

“Estávamos preocupados com uma possível demora e com o calor, mas foi uma manhã fresca e sombreada, e tudo correu bem”, comemorou.
Itaipu registrou, desde o ano 2000, mais de 50 nascimentos de harpias, tornando o programa da empresa o mais bem-sucedido do mundo na reprodução da espécie.
Já extinta em alguns países, a harpia está criticamente ameaçada em vários biomas da América do Sul e da América Central. O Paraguai é um dos locais onde a espécie praticamente desapareceu do ambiente natural.
(Com informações de Itaipu Binacional)