Teve início, na semana passada, a instalação do primeiro dos dez conjuntos de placas solares da futura usina solar flutuante no lago de Itaipu.
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A planta experimental, que terá capacidade para produzir até um megawatt-pico (MWp), ficará em uma área próxima à margem paraguaia do reservatório.
De acordo com Itaipu, a produção estará destinada ao abastecimento interno das repartições da binacional. Conforme os técnicos da hidrelétrica, 1 MWp equivale à energia necessária para abastecer cerca de 650 casas.

O projeto-piloto prevê a instalação de 1.584 módulos com potência de 705 watts-pico (Wp) cada um, apoiados sobre 4.199 flutuadores.
“Projetos como este nos ajudam a entender como as novas tecnologias podem dialogar com a operação da usina”, apontou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri.

A instalação da planta solar flutuante está a cargo de um consórcio binacional formado pelas empresas Sunlution (Brasil) e Luxacril (Paraguai).
O consórcio apresentou proposta de US$ 854,5 mil e venceu o edital promovido por Itaipu. O sistema ficará conectado à subestação da margem paraguaia, próximo do local da instalação.
Conforme a binacional, os equipamentos têm certificações internacionais de qualidade, vida útil estimada de 30 anos e resistência a condições climáticas adversas.

Potencial do lago de Itaipu
Rogério Meneghetti, superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, disse que o projeto tem como objetivo testar a tecnologia antes de uma possível ampliação.
Levando em conta o tamanho do reservatório, com 10% do espelho d’água ocupado por placas solares, usinas flutuantes poderiam gerar energia equivalente à de Itaipu: 14 mil megawatts-hora (MWh).
“É claro que isso é apenas um dado teórico, mas mostra o quanto essa tecnologia pode ser estratégica no futuro”, indicou.
(Com informações de Itaipu Binacional)

