PIBão ou PIBinho de Foz?

Estudo analisa a relação entre o Produto Interno Bruto (PIB) de Foz do Iguaçu e a participação da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

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O matemático e estatístico Luiz Carlos Kossar lança novo estudo sobre a economia de Foz do Iguaçu, intitulado “Desmistificando o PIB de Foz”. Na análise, ele compara a produção a preços básicos, geração de impostos e o PIB per capita no ano de 2021 entre Foz do Iguaçu, Cascavel, Medianeira e Toledo. 

O PIB da cidade é notavelmente impactado pela presença de Itaipu, uma das maiores hidrelétricas do mundo. Contudo, o estudo destaca que a binacional não contribui substancialmente para a economia local. Ao retirar a influência da Itaipu, o verdadeiro PIB de Foz do Iguaçu é consideravelmente menor. A dependência do turismo e comércio, e a falta de uma base econômica diversificada, são os desafios para a geração de empregos e renda local.

O debate se torna ainda mais importante em razão das eleições municipais deste ano, em que a economia deve ser o principal assunto. A conversa foi transmitida ao vivo no Marco Zero, programa em parceria entre o portal H2FOZ e a Rádio Clube FM, que vai ao ar aos sábados pela manhã. 

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Temas debatidos

Durante a entrevista, foram debatidos os valores do comparativo entre Foz do Iguaçu e seus vizinhos (Cascavel, Toledo e Medianeira), em relação à produção de bens e serviços. Os montantes demonstram que a produção da Itaipu Binacional infla o PIB, tornando o seu valor irreal perante a realidade socioeconômica do município.

Sem as estatais, o PIB da cidade reduz mais que a metade.

Os dados revelam a fragilidade da matriz econômica local, que não consegue estancar o êxodo da população em idade ativa e o aumento da pobreza em suas periferias.

O município de Foz teve seu auge no período de 1975 ao ano 2000. O período de explosão foi quando a construção de Itaipu e o comércio de exportação geraram milhares de empregos.

Depois do ano 2000, a cidade entrou em estagnação. Nestes 24 anos, o município perdeu mais de 50 mil habitantes em idade ativa, e a economia ficou refém da baixa empregabilidade e de trabalhos informais.

Atualmente, a economia de Foz depende do desenvolvimento que está ocorrendo do outro lado da fronteira (Paraguai) e do turismo nos feriadões.

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