Internautas reagem a projeto para reabrir a Estrada do Colono

Proposta é do deputado iguaçuense Vermelho, que pediu urgência na apreciação.

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O pedido de urgência do deputado federal Nelsi Coguetto (PSD-PR), o Vermelho, na apreciação do Projeto de Lei 984/2019, que institui a Estrada-Parque Caminho do Colono em pleno Parque Nacional do Iguaçu, causou alvoroço e reação nas redes sociais. Com as hastags #EstradaDoColonoNão e #PL984Não, um tuitaço foi marcado para as 14h desta terça-feira (1º) em protesto contra a medida do deputado, que é parlamentar de Foz do Iguaçu.

O requerimento com o pedido de urgência será analisado nesta quarta-feira, a partir das 10h, na Câmara. O projeto de lei de autoria do deputado altera a Lei 9.985 de 18 de junho de 2000, criando a categoria de unidade de conservação denominada Estrada-Parque e institui a Estrada-Parque Caminho do Colono. Vermelho já fez o pedido ao próprio presidente Jair Bolsonaro.

O parlamentar apresentou o projeto no dia 20 de fevereiro de 2019, que começou a tramitar nas comissões da Câmara, passando inicialmente pela Comissão de Viação e Transporte. No dia 9 de julho de 2019, Vermelho já havia requerido pedido de urgência para apreciação da proposta, que posteriormente tramitou na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Ligação entre Oeste e Sudoeste

Fechada desde 12 de setembro de 1986 por ordem judicial e com dois episódios de reabertura em 1998 e 2003, a Estrada do Colono cortava o Parque Nacional do Iguaçu e era um caminho alternativo de 17,5 quilômetros ligando os municípios de Serranópolis do Iguaçu, no Oeste, e Capanema, no Sudoeste. Quando aberta, a via era muito utilizada por colonizadores sulistas rumo ao Paraná e outros estados brasileiros.

Na última década foram inúmeras as tentativas e vindas de parlamentares e associações para reabrir a estrada sob o argumento de que o impacto ambiental seria minimizado com ações de controle. No entanto, a possibilidade de o Parque Nacional do Iguaçu perder o título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido pela Unesco em 1986, sempre pesou a favor da manutenção do caminho fechado. A decisão judicial que determinou o fim da estrada é definitiva, ou seja, não cabe mais recurso.

Passados 18 anos da última reabertura pela comunidade, a via hoje está praticamente imperceptível em meio ao parque. É difícil reconhecer os poucos rastros por onde caminhões e carros passaram por um tempo.

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