Tendência do Paraguai é aprovar acordo do Mercosul, diz senador

Para entrar em vigor, acordo comercial entre Mercosul e União Europeia precisa do aval dos parlamentos nacionais.

Negociado por mais de duas décadas, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, formalmente assinado na última sexta-feira (6), deverá ser aprovado pelo Congresso do Paraguai.

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Foi o que declarou, em entrevista ao jornal La Nación, o senador governista Mario Varela (Partido Colorado), para quem o acordo será benéfico à economia da região.

“Creio que será aceito. Para todo acordo de cooperação, e, neste caso, é um acordo comercial, desde logo a resposta natural do Congresso é a aprovação”, afirmou o legislador, que também disse ser favorável à abertura do Paraguai para o mundo.

O trâmite para a validação do acordo no Mercosul é a aprovação no Congresso Nacional de cada país integrante do bloco.

Na União Europeia, o primeiro e mais decisivo passo é a aprovação pelo Conselho Europeu, com a concordância de pelo menos 55% dos países, desde que esses representem no mínimo 65% da população.

Para barrar o documento, por sua vez, são necessários pelo menos quatro países contrários, que correspondam a 35% ou mais da população do bloco. França e Polônia são dois dos países mais reticentes ao pacto comercial.

Oportunidade para os países do Mercosul

Já o presidente do Paraguai, Santiago Peña, comemorou a concretização do acordo, mas ressaltou que os países da região precisam diversificar ainda mais suas parcerias, para diminuir os impactos de eventuais cenários desfavoráveis no mercado externo.

“A assinatura [do acordo com a União Europeia] é o sinal que estamos dando ao mundo de que o Mercosul está aberto para negócios com todos que assim o quiserem”, realçou o presidente, citado pelo La Nación.

Na avaliação de Peña, contudo, o bloco precisa melhorar o processo interno de integração, para benefício dos países menores (Paraguai e Uruguai) e das maiores economias da região.

“Estou totalmente insatisfeito com o que o Mercosul deu a todos os países nesses 30 anos. Não falo só do Paraguai, como país pequeno, mas também dos maiores. Creio que a falta de integração dentro do bloco é prejudicial para nós”, avaliou.

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