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O dia 20 de março de 1983 marca a história da Mesquita Omar Ibn Al-Khattab, que já soma quatro décadas, com destacada integração com a comunidade de Foz do Iguaçu. O jornal Nosso Tempo registrou da pedra fundamental à conclusão do espaço religioso muçulmano, com direito a caderno especial de oito páginas ricamente ilustradas.
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Uma das mais belas construções de Foz do Iguaçu, afiançou o semanário, na época, destacando o que chamou de “linhas ousadas”, em edificação localizada entre as avenidas Paraná e JK, com o Paraguai ao fundo. Um símbolo da universalidade iguaçuense, registrou, reivindicando o cosmopolitismo do município.
Atualmente, a população de árabes e descendentes é estimada em 12 mil pessoas, a segunda maior do país, formada, por exemplo, de libaneses, sírios e palestinos. E acumula contribuições para o desenvolvimento social, econômico e cultural não só iguaçuense como da região trinacional da Argentina, Brasil e Paraguai.
Em suas páginas, Nosso Tempo lembrou que o Centro Cultural Beneficente Islâmico de Foz do Iguaçu foi criado em 1981 e, desde esse momento, lançou o desafio de construir a mesquita. O jornal anotou que a obra só foi possível com o envolvimento direto da comunidade árabe e muçulmana, por meio de suas doações.
A reportagem do Nosso Tempo descreveu que o templo possui linhas arquitetônicas consagradas pelo islã, com a torre que remete à Mesquita de Meca, centro sagrado mundial da fé muçulmana. E elencou as autoridades e lideranças religiosas e laicas que compareceram à solenidade de inauguração.
Na época, o empresário Kamal Osman era secretário do CCBI e falou no evento inaugural. “Este talvez seja um dos momentos mais felizes de nossa vida, o momento de recordação, o momento de dizer a nossos filhos que, com orgulho, construímos aqui, nesta pátria maravilhosa que é o Brasil, esta que é uma das melhores heranças que podemos deixar.”
Acesse o caderno especial da inauguração da mesquita.
Acesse a reportagem do lançamento da pedra fundamental da obra.
História a um clique
O portal Nosso Tempo Digital reúne todo o acervo do jornal, projeto lançado para marcar o aniversário de 30 anos do periódico rebelde. O objetivo é preservar a memória da cidade, facilitar o acesso à história local e regional, e democratizar a consulta ao acervo midiático por meio da internet.
O acesso ao Nosso Tempo é gratuito. O acervo constitui fonte valiosa para o morador desejoso de vasculhar a história da cidade e de seus atores, contada nas 387 edições do jornal que foram digitalizadas, abrangendo de dezembro de 1980 a dezembro de 1989.
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