UPA do Morumbi: MP pede apuração das condições de atendimento à entidade médica

Promotoria apresentou ao Conselho Regional de Medicina lista de cobranças; prefeitura afirma que resolveu a maior parte dos problemas.

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A 9.ª Promotoria de Justiça representou ao Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM) para que o órgão médico fiscalize a estrutura e as condições de atendimento da UPA do Morumbi. A unidade passou por reforma e foi reinaugurada nesta semana.

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No documento, o promotor Luís Marcelo Mafra cita que realizou visita ao local, reaberto sem a conclusão dos serviços, segundo ele. E pede que o conselho de classe apure uma lista de denúncias apresentadas pela equipe médica da UPA.

O Ministério Público (MP) requer ao CRM, pelo seu caráter técnico na área, a “urgente doação de providências tendentes à deflagração do processo fiscalizatório em relação ao mencionado serviço”, pontua. E conclui: “Uma vez que temerário o funcionamento deste [UPA do Morumbi] nas condições em que está a operar.”

A reforma da unidade foi determinada pela promotoria em Foz do Iguaçu, devido às condições inadequadas de atendimento. Foi fechada no dia 7 de novembro, com previsão de reabertura em 60 dias, mas o serviço atrasou um mês.

O custo da reforma ficou pelo menos 70% mais caro ao erário, passando dos R$ 558,8 mil iniciais para mais de R$ 950 mil. No último sábado, 3, o prefeito Chico Brasileiro (PSD) reuniu auxiliares e vereadores aliados para um evento de reinauguração.

Ao H2FOZ, o promotor Luís Marcelo Mafra elencou os principais problemas relatados pelos profissionais da saúde da unidade de pronto atendimento, que fica na região do Morumbi:

  • sala vermelha operando sem desfibrilador e oxigência (sendo usado cilindro);
  • falta de medicação para curativos;
  • falta de ar-condicionado em várias salas, inclusive na medicação, com a equipe precisando manter espaços com as portas abertas;
  • refeitório “improvisado em uma salinha”;
  • pintura sendo concluída em meio ao atendimento a pacientes;
  • estrutura inadequada para as atividades médicas (computador, impressora etc.).

O que diz a prefeitura

Por meio de nota à reportagem, na tarde dessa quarta-feira, 7, a prefeitura afirmou ainda não ter recebido notificação formal dos órgãos CRM e MP. Disse, ainda, que “está ciente das denúncias feitas pela médica”.

O município também declarou que “muitas das questões levantadas já foram corrigidas na segunda-feira, antes mesmo da denúncia ser realizada”. E que a equipe de manutenção já teria resolvido a “maioria dos problemas apontados e está trabalhando para finalizar os restantes”, mencionou a prefeitura.

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