Operação da PF e PRF mira servidores públicos suspeitos de desviar mercadorias apreendidas

Mandados contra PRFs incluem quatro de prisão e onze de afastamento; ação ocorre em Foz do Iguaçu e em outras cidades.

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Esquema envolvendo servidores públicos suspeitos de desvio sistemático de mercadorias apreendidas é o alvo da Operação Spoliare, deflagrada nesta quinta-feira, 10. A ação é executada por agentes das polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF).

Veja o balanço das ações: Alvos da Operação Spoliare tinham dinheiro, granada e mercadorias

São sete mandados de prisão e 32 de busca, cumpridos em Foz do Iguaçu e outras cidades. A investigação, que resultou na operação atual, começou com levantamentos da Corregedoria da PRF, seguidos de procedimento da Polícia Federal e apoio do Ministério Público.

Ao todo, os mandados determinam:

32 ordens de busca e apreensão;
7 prisões cautelares;
11 afastamentos de função pública; e
2 sequestros de bens.

Sete mandados de prisão cautelar são contra quatro policiais rodoviários federais – um deles aposentado – e três para particulares. Outros sete PRFs serão afastados de suas funções e responderão a processo administrativo disciplinar que poderá resultar em demissão, informou a PF.

A operação, que incluiu buscas no posto da PRF em Santa Terezinha de Itaipu, envolveu mais de 150 policiais federais e outros 56 da Corregedoria da PRF. As abordagens foram feitas nas cidades de:

  • Foz do Iguaçu;
  • Santa Terezinha de Itaipu;
  • São Miguel do Iguaçu;
  • Medianeira;
  • Céu Azul;
  • Cascavel;
  • Toledo;
  • Telêmaco Borba;
  • Curitiba; e
  • São Paulo (SP).

Operação da PF e PRF

Os servidores públicos envolvidos deverão responder “por delitos funcionais previstos como crimes contra administração pública”, conforme a Polícia Federal. Se condenados, poderão pegar penas que, somadas, ultrapassam 30 anos de prisão.

Policiais reunidos para dar inicío à operação – foto: Divulgação/PF


“Já os particulares, que em diversas situações agiram em conluio com aqueles, também responderão criminalmente por suas condutas”, reforçou a corporação policial.

A Operação Spoliare ainda possibilitou a coleta de provas. Foi possível apontar que “os envolvidos realizavam vendas dos produtos em plataformas de comércio eletrônicos”, informou a PF. Ou então “contavam com auxílio de particulares para dar destinação ao material, normalmente enviado para o Estado de São Paulo”.

Spoliare

Spoliare, o nome da intervenção policial, é uma palavra de origem latina que significa “esbulhar da posse; privar de alguma coisa ilegitimamente, tirando-a por fraude ou violência; esbulhar da posse de alguma coisa; roubar”. Ela faz alusão a condutas ilícitas praticadas pelos suspeitos.

O que diz a PRF

A PRF emitiu posicionamento à imprensa afirmando que repudia toda forma de violação dos valores institucionais e condutas que transgridam esses princípios. Declarou que irá apurar todas as circunstâncias. A investigação teve início da corregedoria, e a PRF participou da operação que cumpriu mandados contra os suspeitos.

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2 Comentários
  1. Laureano Alves de Souza Diz

    Todo mundo sabe que esses caras são safados só pagam de santo na frente das câmeras kkk são mais bandidos do que os próprios bandidos

  2. Zulmar Francisco Medeiros Diz

    Não podemos julgar todos por aluguel que faz parte da instituição da PRF OU OUTRAS. Vamos separar os bons e maus servidores.

Comentários estão fechados.