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Segurança Pública

Quatro pessoas são condenadas por contrabando de cigarros e agrotóxicos

Condenados fazem parte de uma organização criminosa que usava chips em nome de terceiros e distribuía o produto na Bahia

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Quatro pessoas são condenadas por contrabando de cigarros e agrotóxicos
Boa parte dos agrotóxicos que entra no Brasil são apreendidos na Ponte da Amizade - foto ilustrativa: RFB/divulgação

A Justiça Federal no Paraná condenou quatro pessoas pela participação em uma organização criminosa que contrabandeava e distribuía agrotóxicos e cigarros contrabandeados do Paraguai.

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A decisão é decorrente de uma ação penal movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e tem origem em uma denúncia feita no âmbito da Operação Terra Envenenada.

Deflagrada em 2022, a operação tinha como foco apurar a importação, o comércio e o transporte de agrotóxicos ilegais, como o Paraquat, e o contrabando de cigarros.

Conforme a sentença, por meio da operação, foi possível desmantelar um grupo criminoso atuante na região de Terra Roxa e Umuarama, no Oeste e Noroeste do Paraná respectivamente.

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A organização, informa o MPF, era “devidamente estruturada, com divisão de tarefas e constituída para a prática de infrações penais de caráter transnacional, de forma estável e permanente”. 

Segundo o MPF, as investigações demonstraram que as atividades ilícitas praticadas apresentavam expressiva movimentação financeira e tinham ramificações em várias regiões do Brasil.

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Os integrantes do grupo usavam chips em nome de terceiros, trocavam informações sobre a localização de viaturas policiais e tinham celulares para registrar a contabilidade de suas movimentações financeiras.

Por isso, as interceptações telefônicas e telemáticas foram essenciais para retratar como a organização agia.

Agrotóxicos eram distribuídos na Bahia

Conforme a sentença, o réu que revendia grandes volumes de agrotóxicos e atuava na distribuição em larga escala, principalmente para a região de Luís Eduardo Magalhães (BA), recebeu a maior pena: quatro anos e 11 meses em regime semiaberto, além de multa.

Já o líder do grupo criminoso em Umuarama era responsável por negociações, aquisição de insumos, coordenação geral das atividades e transporte direto de agrotóxicos. Ele foi condenado a dois anos e seis meses em regime aberto, mais multa.

Outros dois condenados atuavam diretamente na logística e no suporte operacional da organização criminosa.

As penas restritivas de liberdade foram substituídas por pagamento de multa e prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas. Três réus foram inocentados. Ainda cabe recurso da sentença.

Histórico de condenações

Em novembro de 2023, a Justiça Federal havia condenado dez integrantes da organização criminosa a penas de prisão e ao pagamento de mais de R$ 10 milhões como indenização por danos morais coletivos.

As sentenças foram proferidas em três ações decorrentes das investigações da Operação Terra Envenenada.

Entre os crimes apontados nas sentenças estavam o de organização criminosa (Lei n.º 12.850/2013), transporte e comercialização irregular de agrotóxicos (Lei n.º 7.802/1989) e depósito e transporte de substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana (Lei n.º 9.605/1998).

Outras ações penais decorrentes da operação seguem em tramitação na Justiça Federal, aguardando julgamento.

(Com informações da assessoria de imprensa)

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Denise Paro

Denise Paro é jornalista pela UEL e doutoranda em Integração Contemporânea na América Latina. Atua há mais de duas décadas nas Três Fronteiras e tem experiência em reportagens especias. E-mail: deniseparo@h2foz.com.br

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