Aida Franco de Lima – OPINIÃO
As vias públicas de nossas cidades estão entrelaçadas de fios das empresas de telefonia, interne e tv a cabo. Elas não se responsabilizam por eles depois que não geram mais lucros. E quem paga a conta é a população. Já falei deste assunto aqui e torno a repetir, porque só piora.
Basta andar por qualquer lugar, e eles estão pendurados por todas as partes, muitas vezes como se fossem uma armadilha à espera de sua presa. Principalmente motociclista e ciclistas.
As empresas fazem uso dos postes de energia, e isso pode gerar danos ainda mais sérios. Em dias chuvosos, a pessoa que tenta retirar um cabo do meio do caminho pode sofrer uma descarga elétrica ao tocar algum fio energizado ou mesmo ao confundi-lo com um da rede elétrica.
Se há alguma lei para coibir tal situação, ela não está sendo cumprida. E o Poder Legislativo precisa cumprir seu papel de fiscalizar; o Executivo, de promover as ações; e o Judiciário, de fazer doer no bolso, pois é nele que está a suposta consciência de organizações que dividem o ônus e ficam com o bônus.
- Os casos em que a fiação oferece risco podem ser comunicados por qualquer pessoa à Copel pelo telefone 0800 51 00 116. Se ocorrer interrupção do serviço de telefonia e internet em decorrência da retirada de cabos irregulares, a população deve procurar a sua operadora do serviço.
Sem valor comercial, ao contrário dos cabos de cobre e outros metais preciosos, eles são resíduos que, além de colocar a vida em risco, poluem as cidades. Estão pendurados nos postes, jogados nos canteiros. Ninguém quer algo que não tem mais serventia.
Talvez devesse partir das próprias empresas de energia o trabalho terceirizado de recolher tais fios, durante os serviços de manutenção. Depois bastaria mandar uma conta bem salgada para as multinacionais de telefonia. Certamente alguma medida seria tomada.
E enquanto nada de efetivo acontece, somos obrigados a pagar taxas e impostos relativos à limpeza pública de quem trata nossas cidades como terra de ninguém. Até quando?
Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.
Quer divulgar a sua opinião. Envie o seu artigo para o e-mail portal@h2foz.com.br.
