Como se lê em depoimentos desta publicação, fornecidos por pessoas que testemunharam a obra e suas conseqüências, a Ponte da Amizade foi o primeiro grande passo da região das três fronteiras no sentido de romper limitações que a mantinham no atraso.
O significado que teve a Ponte da Amizade para a Comunicação entre o Brasil e o Paraguai despertou a idéia de uma ponte sobre o rio Iguaçu, ligando Brasil e Argentina.
A leitura das entrevistas desta publicação* dá a medida das dificuldades enfrentadas por Foz do Iguaçu e toda a região em função da falta de comunicação (estrada) com o resto do Estado e do país. O propósito de superar o problema verifica-se ainda no final do século XIX, quando da formação da Comissão Estratégia do Paraná e da Colônia Militar de Foz do Iguaçu.
Por volta de 1930, 15 anos depois de terem recebido a visita do Pai da Aviação, Santos Dumont, os moradores do "fim-de-mundo" chamado Foz do Iguaçu tiveram a idéia de recorrer ao avião na luta contra as limitações impostas pela distância e falta de comunicação. Lideranças da pequena comunidade de então tomaram Foz do Iguaçu e Guaíra nas rotas de vôo do Correio Aéreo Militar.
Uma divisão simplificada da história de Foz do Iguaçu tem dois períodos: antes e depois de Itaipu. Terminou a era da evolução lenta e penosa, com surtos de progresso esparsos, deu-se ingresso numa era de abrupta e profunda transformação.
A Marinha do Brasil se fez presente no Oeste do Paraná instalando uma (assim chamada) Agência em Guaíra, em 1930, ponto de intenso tráfego fluvial pelo rio Paraná, acima dos saltos de Sete Quedas. E três anos depois (1933) foi instalada em Foz do Iguaçu a Delegacia da Capitania dos Portos do Estado do Paraná, que havia sido criada ainda em 1924 por lei federal.
Foi assim, manu militari, pela mão militar, que no final do século XIX o Brasil iniciou a ocupação efetiva e a colonização do Oeste do Paraná, a partir de Foz do Iguaçu. Essa marca militar acompanharia os passos da região em toda a seqüência de sua história.
A idéia de criar a Colônia Militar na foz do rio Iguaçu mofava no Ministério da Guerra (Exército). Mas em 1888, o ministro da Guerra, ao invés da simples Colônia, optou por algo mais ambicioso. Criou a Comissão Estratégica do Paraná com o objetivo de desbravar e ocupar o Oeste do Estado, particularmente a fronteira, mediante a abertura de estradas, instalações de linha telegráfica e da Colônia Militar. A Comissão não foi muito longe com seus projetos, mas fundou a Colônia Militar na fronteira - marco do início da ocupação efetiva do lugar por brasileiros e do que viria a ser o município de Foz do Iguaçu.
Vários grupos humanos sucederam-se ao longo dos séculos. Os últimos, que precederam os europeus (espanhóis e portugueses), foram os índios. Na simplificação que divide a História da América em antes e depois do seu "descobrimento" pela civilização "branca", o depois começa para Foz do Iguaçu em 1542, ano da "descoberta" das cataratas do Iguaçu pelo espanhol Álvar Nuñez Cabeza de Vaca".
Há 23 anos era realizado o primeiro seminário de turismo de Foz; a Secretaria de Turismo e o Parque do Monjolo foram algumas das propostas levantadas na época
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