A desvalorização do peso argentino frente ao dólar, registrada nas últimas semanas, está provocando impactos diretos no dia a dia da população da Argentina.
Leia também:
Gasolina aditivada no Paraguai já custa menos que a comum no Brasil
Um dos reflexos mais visíveis tem a ver com os preços dos combustíveis derivados de petróleo, vulneráveis às oscilações do dólar.
No último sábado (13), os postos da cidade argentina de Puerto Iguazú começaram a reajustar suas tarifas. De acordo com o portal La Voz de Cataratas, em alguns casos, o acréscimo nos preços da gasolina e do diesel chegou a 3%.
Tarifário dos postos Shell Argentina em Puerto Iguazú — setembro/2025:
- Nafta Súper: P$ 1.558;
- Nafta V-Power: P$ 1.819;
- Formula Diesel: P$ 1.596;
- Diesel V-Power: P$ 1.846.
Tarifário dos postos YPF em Puerto Iguazú — setembro/2025:
- Nafta Súper: P$ 1.470;
- Nafta Infinia: P$ 1.689;
- Infinia Diesel: P$ 1.702.
O preço em reais dependerá da cotação obtida pelo consumidor. Ao câmbio de R$ 1 por P$ 250, por exemplo, o litro da Nafta V-Power na rede Shell da Argentina custará o equivalente a R$ 7,27. Já se a taxa for de R$ 1 por P$ 270, o valor cairá para R$ 6,73.
Para fazer o cálculo, basta dividir o preço em pesos argentinos pela cotação. Assim, dividindo P$ 1.819 por 250, chega-se ao resultado de R$ 7,27.
Combustível mais caro na Argentina
Desde o final de 2023, abastecer na Argentina deixou de ser vantajoso para os motoristas da fronteira. Atualmente, os preços estão mais baixos em Foz do Iguaçu e nos postos das cidades paraguaias de Ciudad del Este, Presidente Franco e Hernandarias.
A disparada no preço dos combustíveis na Argentina coincide com o início do governo de Javier Milei, em 10 de dezembro de 2023. O aumento tem como causa principal o corte de subsídios e isenções que mantinham a gasolina e o diesel em valores mais acessíveis.
Na manhã desta quarta-feira (17), de acordo com o aplicativo Menor Preço, a gasolina aditivada era vendida, nos postos de Foz do Iguaçu, a valores entre R$ 6,17 e R$ 6,49.
Motoristas questionam o comparativo direto de preços, argumentando que a gasolina brasileira tem alto índice de adição de etanol. Vale lembrar, entretanto, que os postos do Paraguai vendem gasolina similar à da Argentina, mas a preços mais baixos.
