Audiência vai definir se Jorge Guaranho irá ou não a júri popular

Réu é autor dos disparos que tiraram a vida do guarda municipal Marcelo Arruda. Estão sendo ouvidas 16 testemunhas e informantes por parte da defesa e acusação

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Réu é autor dos disparos que tiraram a vida do guarda municipal Marcelo Arruda. Estão sendo ouvidas 16 testemunhas e informantes por parte da defesa e acusação

A audiência de instrução que definirá se o policial penal Jorge Guaranho irá ou não a júri popular teve início, por volta das 13h30 desta quarta-feira (14), no Fórum de Foz do Iguaçu. O réu é autor dos disparos que tiraram a vida do guarda municipal Marcelo Arruda, crime ocorrido em 9 de julho, na sede da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (ARESF).

Estão sendo ouvidas 16 pessoas, entre testemunhas e informantes. Jorge Guaranho será interrogado por meio de videoconferência, porém terá o direito de permanecer em silêncio. Segundo o promotor Tiago Lisboa, será sustentado o argumento da denúncia de homicídio duplamente qualificado.

Antes da audiência começar, familiares de Arruda e Guaranho estiveram em frente ao Fórum de Foz do Iguaçu para se manifestarem. Ambas as famílias pediam justiça.

Pamela Silva, esposa de Marcelo Arruda, lembrou que a morte do marido é fato. “De fato o que ocorreu foi a morte do Marcelo, então essa é a justiça.” O filho da vítima, Leonardo Miranda, espera que a justiça se mantenha e continue sendo rígida. Ele e Pamela serão ouvidos.

Acompanhada de amigos e familiares, a mãe de Guaranho, Dalvalice Rocha, não classifica o filho como assassino. Para ela, o que ocorreu foi uma tragédia. “Tudo começou porque ele passou com a música do mito, o rapaz se alterou e jogou pedras.”  Ela disse que Guaranho não se lembra da tragédia, apenas que estava no carro.

Familiares de Jorge Guaranho no Fórum antes da audiência. Pedido é de justiça. Foto: Marcos Labanca/H2FOZ

Dalvalice ainda afirmou que o irmão mostrou o vídeo a Guaranho para ele entender o que estava acontecendo, e o policial penal teria dito que jamais pensou em tirar a vida de alguém. A família insiste que Guaranho não chegou à festa atirando e sacou a arma apenas depois que viu Marcelo armado. Eles sustentam que parte dos vídeos que mostra a cena não estão sendo divulgados.

O crime ocorreu em plena festa de aniversário de Arruda, que completava 50 anos. Ele estava acompanhando da família e amigos em uma comemoração temática em alusão ao Partido dos Trabalhadores e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Arruda era tesoureiro do PT.

A audiência não tem horário para terminar. Se não for possível ouvir todas as testemunhas nesta quarta, o trabalho continuará amanhã.  

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