Cobertura de vacina contra poliomielite em Foz do Iguaçu é a mais baixa já registrada

Crianças imunizadas representam 32,13% do total; meta é 95%. Doença pode causar paralisia nos membros inferiores e não tem cura

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Crianças imunizadas representam 32,13% do total; meta é 95%. Doença pode causar paralisia nos membros inferiores e não tem cura

Com a baixa procura por vacinas nos postos de saúde, as doses contra a poliomielite estão sobrando em Foz do Iguaçu e colocam a cidade em um patamar crítico quando se trata de cobertura vacinal, ou seja, 32,13%. O índice é o menor já registrado e gera bastante preocupação em razão da possibilidade de a doença, já erradicada no país, voltar a se manifestar.

No Brasil, a situação não é diferente. Na faixa etária de 1 a 5 anos, apenas 35% das crianças foram imunizadas. Em razão dessa realidade, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha de vacinação, que terminaria nessa sexta-feira, 9, para 30 de setembro.

Em Foz do Iguaçu, o número de crianças vacinadas até dia 8 era 5.756 em um público de 17.917. A meta é imunizar 95%.

Coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Adriana Izuka diz que há uma preocupação com o possível retorno da poliomielite (paralisia infantil) em razão do baixo índice de vacinação no Brasil e em outros países.

Em Foz do Iguaçu, a procura pela vacina nunca esteve tão baixa. “É a primeira vez que se tem uma cobertura baixa assim”, informou Adriana. Para ela, há uma falta de percepção dos responsáveis de que as crianças têm de receber o imunizante.

Além da vacina contra a poliomielite, há outras voltadas para as crianças com baixa procura na cidade. “O sarampo já voltou no Brasil por causa da baixa cobertura”, frisou. Há risco também da volta da difteria. O calendário infantil possui 18 tipos de imunizantes essenciais para a saúde das crianças.

As vacinas contra pólio e outras doenças estão disponíveis em 29 unidades básicas de saúde.

A poliomielite é uma doença contagiosa causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos. Em casos graves ocorre paralisia dos membros inferiores. A doença não tem cura e pode levar à morte.

Com a vacinação promissora nas últimas décadas, o Brasil não registra casos desde 1989.

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