O reinício da cobrança de pedágio na BR-277, no Oeste, agora é uma questão de tempo. Não muito tempo. Isso porque a rodovia já está sob a concessão da empresa EPR Iguaçu, mediante contrato assinado para 30 anos.
Esse período é algo como a contagem regressiva para a chancela dos valores pelo órgão regulador e a divulgação das novas tarifas, para começar a cobrança nas catracas das praças. Serviços aos usuários, como guincho e atendimento médico, estão sendo ofertados.
Pedágio primeiro, grandes obras depois, a conclusão da duplicação da BR-277 de Foz do Iguaçu a Cascavel está prevista para iniciar só no terceiro ano. Essa é uma reivindicação de décadas do Oeste paranaense para preservar vidas e qualificar a mobilidade na rodovia.
O início da concessão e da proximidade do pedágio na rodovia que liga a região trinacional aos grandes centros brasileiros requer listar outras demandas em infraestrutura para Foz do Iguaçu. Para isso, é preciso olhar para o lado, provisoriamente, para não lembrar grandes obras que patinam.
Às necessidades prementes: o Trevo do Charrua, com sua rotatória fechada há cerca de cinco anos, reclama uma solução segura, bem como a conexão na entrada da cidade, ambos na BR-277. É desrespeitoso o jogo de empurra-empurra que prolonga resoluções.
Outra obra indispensável para Foz do Iguaçu e a região é a construção da nova base da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O equipamento, em São Miguel do Iguaçu, está previsto para substituir a unidade de Santa Terezinha de Itaipu, tornando o fluxo mais fluido na região de fronteira.
Não é preciso retroceder muito na lembrança. No feriadão de abril, formaram-se filas no posto policial na cidade vizinha, devido ao intenso movimento de visitantes. E dinheiro para essa obra há, são R$ 21,8 milhões comprometidos pela Itaipu Binacional.
Apenas estas três pautas – duplicação da BR-277, solução para o Trevo do Charrua e novo posto da PRF – bastam para demonstrar como o tempo dos agentes políticos corre em descompasso com as necessidades da população. Às vezes, faz parecer que a sociedade é menor do que os mandatários que tiram tempo nas instâncias de poder.
Passam prefeitos, deputados, governadores, presidentes e as obras de infraestrutura em Foz só servem de pauta para demagogia política. E quando se consegue fazer uma obra, ela vem cheia de falhas e erros que a torna pouco funcional (trincheiras da 277 com Paraná, Costa e Silva). Engraçado é que os políticos e uns puxa-sacos destes ainda acham ruim quando a população reclama da obra mal feita.
Também havia fila na BR 277 na cidade de Matelândia logo após o viaduto daquela cidade, antes do fim da pista dupla. Fila que se extendía, ao longo da BR 277, até depois do posto da PF em Céu azul, Trânsito caótico. Duplicação !!?!?! somente vendo para acreditar. Quantas vezes o valor do pedágio terá reajuste até a tal de duplicação? de quanto será? Nos parece sim, que passado o pleito eleitoral, a sociedade para eles torna-se bem menor do que os interesses particulares de cada um deles.