Sérgio Caimi projeta gestão austera e redução drástica dos CCs da prefeitura

Candidato a prefeito de Foz do Iguaçu participou da série de entrevistas Dois em Um, do H2FOZ e Rádio Clube FM; leia o texto, assista ao vídeo.

Apoie! Siga-nos no Google News

Na disputa compondo chapa puro-sangue do PMB, o candidato a prefeito de Foz do Iguaçu Sérgio Caimi foi entrevistado no programa Dois em Um, série de sabatinas promovida pelo H2FOZ e Rádio Clube FM 100,9. O tempo é de uma hora, das 11h às 12h, destinado a cada um dos sete prefeituráveis nas Eleições 2024.

VEJA TAMBÉM:
Airton José defende funções sociais da prefeitura e ações para a economia crescer
General Silva e Luna: ‘Minha missão na prefeitura será gerar oportunidades de emprego’
Latinha critica ‘caciques’ da política e defende olhar para periferias
Paulo Mac Donald: ‘Vocês vão ter um gerente preparado e que ama Foz do Iguaçu’
Samis da Silva: ‘Aos 33 anos, assumi a prefeitura falida e a coloquei no eixo, com dinheiro em caixa’

Assista à entrevista:

Como primeiros atos, pretende eliminar “com uma canetada só” cerca de 280 cargos em comissão (CCs) da prefeitura, economizado R$ 30 milhões por ano, prevê. Isso às 8h01 do dia 1.º de janeiro de 2025, comprometeu-se. Em seguida, extinguirá a Secretaria de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, que considera não cumprir sua função, criando no lugar a Secretaria da Mulher, com funcionamento nos moldes do antigo Provopar.

O candidato estima gastar menos de R$ 100 mil em sua campanha – provavelmente abaixo dessa quantia –, recursos próprios de economia pessoal durante anos de trabalho e doações de apoiadores. Rememorou que quando foi candidato a vereador, há 20 anos, obteve 1.790 votos, não conseguindo a vaga porque foi reduzido o número de cadeiras no Legislativo iguaçuense, que antes era de 21.

Elencou ações de seu plano de governo para a saúde, economia, meio ambiente, limpeza da cidade, e propôs a criação, em lei, de plano diretor para a drenagem urbana, a fim de prevenir enchentes e alagamentos pela cidade. Sua proposta inclui plano para fomentar o setor empresarial, como o turismo, e para efetivar a sugestão da sociedade civil para criar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, congregando setores indutores de geração de emprego e renda, como comércio, indústria, logística e outros.  Citou que irá resgatar a feira popular da cidade, que era a Fartal, e construirá um teatro municipal.

O prefeiturável declarou que buscará modernizar a gestão instituindo novas ferramentas e métodos, para a máquina pública trabalhar com eficiência. “Será uma administração austera, porque eu tenho conhecimento de 38 anos na área de gestão pública, assim como sou economista. Vamos fazer uma cidade alegre, limpa, ajardinada, sem buracos nas vias e com desenvolvimento”, listou o candidato.

Sérgio Caimi destacou que criará 35 áreas para descarte de resíduos, serviço gratuito à população e distribuído por todas as regiões da cidade. E que fará um parque ambiental dotado de toda a infraestrutura, podendo ser em parte da área do batalhão ou na Vila A. “Um central parque para que as famílias possam ir caminhar, manter contato com a natureza, observar pássaros e com brinquedo para as crianças e restaurante”, explicou.

O candidato elencou que a limpeza urbana adequada consegue eliminar 70% dos focos de mosquito da dengue, ao criticar a atuação destina de R$ 4,5 milhões do município para o serviço na limpeza pública. Ainda descreveu suas ações na área social, em que pretende realizar um cadastro de pessoas em situação de rua para oferecer atendimento integral. “Vamos fazer um trabalho em conjunto com o Ministério Público”, disse.

Hospital Municipal

O candidato Sérgio Caimi criticou o governo Chico Brasileiro (PSD) por permitir o aumento da dívida do Hospital Municipal sem tomar providências, avaliou. Disse ter em seu plano de governo a proposta de estadualização, mas considera adequada a proposta de federalização que está em debate, para a prefeitura poder economizar de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões por mês, dinheiro que poderá ser investido no atendimento básico.

“Não temos UPA [unidade de pronto atendimento] no Porto Meira, que tem 75 mil moradores. As pessoas têm um posto 24 horas, mas que não resolve”, exemplificou. E desaprovou decisões de gestão durante a implantação do Municipal, pois na sua opinião já era para ser aberto como unidade regional, em parceria com o estado. E advertiu que “a federalização não vai acontecer do dia para noite, ela vai levar no mínimo três anos, período em que a população vai sofrer se não tiver investimentos e melhorar o atendimento em saúde”, frisou.

Prefeitura e Câmara

No entendimento do candidato, é preciso mudar a relação entre prefeitura e Câmara, que estão “viciados há muitos anos”, assegurando as competências de cada poder, em que a gestão executa e o Legislativo cria leis e fiscaliza o administrador. “Isso é prudencial. Não é possível um vereador, para aprovar projetos do prefeito, pedir cargos. Não haverá barganha”, empenhou.

Políticas para mulheres

Por ser do Partido da Mulher Brasileira, o candidato foi questionado sobre propostas e políticas públicas específicas para mulheres, sendo a principal delas, mencionou, a criação da Secretaria Municipal da Mulher, com cursos de qualificação, a exemplo do que realizava o Provopar, e programas sociais principalmente para as pessoas mais vulneráveis. “Eu e minha vice, Juçara Andrade, vamos contar com muitas mulheres como secretárias e em pastas importantes”, comprometeu-se Sérgio Caimi.

Bio

Economista, técnico em controle ambiental, consultor e servidor estadual aposentado, Sérgio Caimi é casado, tem três filhos e é avô de cinco netos, tendo se instalado em Foz do Iguaçu em 1979. Trabalhou durante 38 anos na Sanepar, ocupando vários cargos, como o de gerente regional. Foi secretário municipal de Meio Ambiente. Escritor, é autor de “A evolução do saneamento público no Paraná e em Foz do Iguaçu” e está escrevendo o seu segundo livro.

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.