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Argentina retém navio paraguaio que transportava soja brasileira

Argumento é de dívidas relacionadas ao pedágio unilateral argentino na hidrovia do Rio Paraná, considerado ilegal pelo Paraguai.

2 min de leitura
Argentina retém navio paraguaio que transportava soja brasileira
Trecho navegável do Rio Paraná em território argentino. Imagem: Gentileza/AGP/Twitter
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O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai enviou, neste fim de semana, uma reclamação formal à Administração Geral de Portos da República Argentina, referente à retenção do barco paraguaio HB Grus, que transportava soja brasileira em direção ao porto fluvial de San Lorenzo, província de Santa Fe.

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De acordo com os reportes recebidos pelo governo paraguaio, a embarcação foi retida devido à falta de pagamento da tarifa de pedágio, imposta unilateralmente pela Argentina para todos os barcos que trafegam pelo Rio Paraná no trecho entre a foz do Rio Paraguai e os portos da região de Rosário.

A ata de retenção, assinada pelo juiz José Luis Cassinero, determina “o embargo e a proibição de saída do barco rebocador de bandeira estrangeira HB Grus, de bandeira paraguaia, até cobrir a soma de US$ 4.232, com mais 30% sobre o referido valor, sempre que não estiver carregado e pronto para zarpar”.

Desde o final de 2022, a Argentina está cobrando tarifa equivalente a US$ 1,45 (R$ 6,90) por tonelada de registro bruto, sob a justificativa de que o dinheiro arrecadado será utilizado para ações como melhorias na sinalização e dragagem nos trechos mais críticos da hidrovia, utilizada por embarcações do Brasil, Paraguai e Bolívia.

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O país mais afetado é o Paraguai, que exporta grande parte de sua produção agrícola por portos argentinos e uruguaios no estuário do Rio da Prata. O governo paraguaio tem questionado, nas instâncias correspondentes, a ilegalidade da medida argentina, que só poderia ser adotada em caso de concordância dos demais usuários da hidrovia.

O caso está, atualmente, no Comitê Intergovernamental da Hidrovia (CIH), composto por Argentina, Paraguai, Brasil, Bolívia e Uruguai. Na última reunião sobre o tema, ocorrida no final de junho, representantes argentinos informaram que as faturas do pedágio continuariam sendo emitidas, mas sem risco de apreensão dos barcos inadimplentes.

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Guilherme Wojciechowski

Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2022. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.

5 comentários em “Argentina retém navio paraguaio que transportava soja brasileira”

  1. JOSE LEONEL MIRANDA

    Os argumentos argentinos são bem razoáveis. Se cobram em estradas por que não em rios que precisam de dragagens e manutenção da mata ciliar.

  2. Ernesto Guê Vara

    O governo argentino sempre atrapalhando o desenvolvimento do Mercosul.

  3. Rogerio de Oliveira Faria

    A América Latrina não se acerta mesmo. E todos os países fazem parte do Mercosul. Vai entender…

  4. Vianei Paulo Balz

    Se realmente fosse investido o dinheiro arrecadado a cobrança seria plausível, mais sabemos que a situação da economia Argentina está péssima então o dinheiro é para recuperar uma economia má administrada.

  5. Felipe

    Linhas férreas são estratégicas e dão mais eficiência e velocidade as exportações . Brasil, Uruguai, Paraguai e Bolívia lucrariam muito em conjunto com linhas férreas, evitando assim, essa inconveniência…

Os comentários estão encerrado.