Comércio de Ciudad del Este recuperou um terço dos empregos perdidos com fronteira fechada

A Câmara de Comércio e Serviços estima que pelo menos 10 mil trabalhadores voltaram ao mercado.

Apoie! Siga-nos no Google News

Dos 30 mil empregos perdidos com a pandemia e o fechamento da fronteira com o Brasil, o comércio de fronteira de Ciudad del Este recuperou cerca de 10 mil, segundo o presidente da Câmara de Comércio e Serviços, Said Taigen, de acordo com o jornal La Nación.

VÍDEO: O que sabemos sobre nós mesmos? Assista à nova história da série Vidas do Iguaçu.

O setor de comércio de fronteira foi um dos mais atingidos, no Paraguai, com o fechamento de centenas de lojas. A partir das fases da quarentena inteligente, começou a recuperação, lentamente, e a reabertura da Ponte da Amizade intensificou o ritmo da economia local.

“Começamos o ano de maneira esperançosa”, disse Taigen. “O ritmo da economia melhorou, mas ainda estamos longe do nível a que nos acostumamos em períodos anteriores à pandemia. Esperamos que o movimento comercial possa melhorar o mais greve possível, já que, se a economia melhora, todos nós vamos bem”, disse.

Said Taigen acrescentou que nas demais cidades onde milhares de pessoas dependem do comércio fronteiriço a tendência é a mesma, quanto à leve melhora no ritmo econômico. Mas ainda se espera que este nível aumente para recuperar o setor, bastante golpeado pela crise.

O presidente da Câmara de Comércio e Serviços informou que, num cenário normal, fora da pandemia, o comércio fronteiriço movimenta aproximadamente US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão). Embora não seja possível estimar o volume movimentado atualmente, Taigen assegurou que ainda está distante dos tempos habituais.

LOJAS FRANCAS

Said Taigen: governo paraguaio deveria adotar medidas para neutralizar efeito das lojas francas em Foz.

Mais uma vez, Said Taigen voltou a comentar a questão das lojas francas em Foz do Iguaçu, que poderão trazer resultado negativo ao comércio de Ciudad del Este. Depende do governo paraguaio, segundo ele, implementar as ferramentas necessárias para neutralizar o efeito das free shops brasileiras.

“O que precisamos é de uma maneira de continuar sendo competitivos ante esta situação que afeta nosso setor. Não podemos interferir no que acontece do outro lado da fronteira, mas podem ser geradas condições mais competitivas”, disse o comerciante ao La Nación.

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.