Médicos questionam habilitação de novos cursos de Medicina no Paraguai

Círculo Paraguaio de Médicos emitiu nota expressando preocupação em relação à qualidade das graduações oferecidas no país.

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Entidade que representa a categoria médica no Paraguai, o Círculo Paraguaio de Médicos (CPM) emitiu, nessa segunda-feira (4), um comunicado no qual questiona a recente habilitação de novos cursos de Medicina no país, autorizada pelo Conselho Nacional de Educação Superior (Cones).

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“O CPM manifesta sua preocupação pela situação da educação médica no nosso país nos níveis de graduação e pós-graduação, que já passa de um problema acadêmico a uma ameaça sanitária, atribuível a várias razões, entre elas, a prática reiterada do Cones de continuar habilitando cursos de medicina, apesar da insuficiente quantidade de locais para a realização de atividades práticas”, expressa a entidade.

Íntegra do comunicado (em espanhol)
Íntegra do comunicado (em espanhol)

O Círculo Paraguaio de Médicos lança dúvidas, entre outros pontos, sobre a rapidez para a liberação dos novos cursos, citando um caso em que “apenas uns dias depois da entrega da documentação, o projeto de um curso de medicina foi habilitado pelo Cones, mesmo sem ter recebido o resultado da análise feita pelo CPM”.

Segundo o comunicado, “o Cones recentemente fez a habilitação de seis cursos de medicina. Dois dos cursos foram citados pela Controladoria Geral da República como irregulares. Os quatro restantes foram habilitados nos últimos dois meses”.

O CPM questiona o fato de que alguns dos novos cursos indicam o mesmo local para a realização das atividades práticas, sem que seja possível comprovar a disponibilidade de vagas para atuação dos acadêmicos. “Como o Cones habilita um novo curso com um local de prática saturado com estudantes de sete cursos de medicina?”, indaga o comunicado.

A entidade cobra maior rigor para a concessão de autorizações e fiscalização a respeito da observância dos requisitos, além da criação de uma “mesa técnica de caráter interinstitucional e interdisciplinar”, de forma a revisar a habilitação de cursos que não preencheriam os requisitos preestabelecidos.

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