Interpol prende suspeitos de tráfico de pessoas na fronteira

Ação na noite de quinta-feira (6), em Hernandarias, resultou na localização de um paraguaio e uma brasileira apontados como líderes do esquema.

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Agentes da Interpol no Paraguai, em parceria com a Polícia Nacional e com o Ministério Público do país, prenderam, na noite de quinta-feira (6), em Hernandarias, um cidadão paraguaio e uma brasileira suspeitos de comandar uma organização especializada no tráfico de pessoas para fins de exploração sexual no Brasil.

Marcos R. G. M. e Ivonne S. foram localizados em uma residência da cidade que abriga a metade paraguaia da usina de Itaipu. No local, foram apreendidas evidências como documentos, cédulas de dinheiro, correspondências e equipamentos eletrônicos, que serão periciados pelos investigadores.

Vivian Coronel, promotora do Ministério Público que acompanhou o procedimento, disse que a ação teve como base o caso de uma paraguaia menor de idade, levada ao Brasil em 2021 com a oferta de trabalhar como empregada doméstica. Uma vez longe de casa, no entanto, a jovem foi submetida à exploração sexual.

“Temos suspeitas suficientes sobre essas pessoas, que seriam os líderes do grupo que leva pessoas daqui para o Brasil”, afirmou a promotora, citada pelos jornais Última Hora e La Nación. “Agora que detivemos essas pessoas, vamos esclarecer se eles agem sozinhos ou em rede. Não descartamos a existência de mais vítimas e mais implicados.”

Evidências apreendidas na residência dos suspeitos. Imagem: Gentileza/Interpol Paraguay

Ordem de captura

Outra ocorrência policial registrada nessa quinta-feira foi a prisão de um homem com 36 anos, de nacionalidade paraguaia, ocorrida no momento em que compareceu ao Departamento de Identificações da Polícia Nacional, em Ciudad del Este, para tramitar a renovação de um documento.

Darío B. C. é enteado de um ex-vereador da capital do Alto Paraná e conta com ordem de captura internacional, solicitada pela Justiça brasileira, pelos crimes de roubo agravado e associação criminosa. Conduzido à delegacia, permanecerá à disposição do Judiciário à espera dos trâmites de extradição para o Brasil.

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