Paraguai inicia operação de combate ao contrabando na fronteira

Procedimento tem como objetivo frear a entrada de mercadorias levadas ilegalmente do Brasil e da Argentina.

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Procedimento tem como objetivo frear a entrada de mercadorias levadas ilegalmente do Brasil e da Argentina.

A Unidade Interinstitucional Anticorrupção (UIC), do governo do Paraguai, deu início, nessa quinta-feira (29), à operação Barrera Alto Paraná, que tem como objetivo combater a entrada irregular, em território paraguaio, de produtos como gêneros alimentícios adquiridos em grandes quantidades no Brasil e na Argentina pelos chamados paseros.

O trabalho conta com a participação da Direção Nacional das Aduanas (DNA), Marinha (Armada) Paraguaia, Polícia Nacional do Paraguai, Serviço Nacional de Qualidade e Sanidade Vegetal (Senave) e Secretaria de Estado de Tributação (SET), com barreiras de fiscalização em locais como a Ponte Internacional da Amizade e o porto Tres Fronteras.

Emilio Fuster discursa durante o ato de lançamento. Imagem: Gentileza/UIC

Segundo Emilio Fuster, coordenador da UIC, não há data para encerramento da operação. “Além das pontes, portos, fronteiras e rodovias, vamos trabalhar com a SET para fiscalizar os locais comerciais, verificando as notas fiscais e comunicando ao Ministério Público em caso de irregularidades”, detalhou Fuster, citado pelo jornal La Clave.

Nas últimas semanas, produtores de tomate e cebola vêm organizando protestos para cobrar, das autoridades do país, fiscalização quanto à entrada irregular de itens contrabandeados do Brasil e da Argentina. Uma das principais vias de entrada é a Ponte Internacional da Amizade, fronteira com Foz do Iguaçu.

Outro fato relevante é o relatório apresentado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso paraguaio, comprovando a existência de um esquema de corrupção na aduana de Ciudad del Este. A denúncia, fartamente documentada com vídeos, foi repercutida pelo H2FOZ na última quarta-feira (28).

Emilio Fuster, no entanto, negou que a operação Barrera Alto Paraná seja uma resposta ao impacto negativo do caso na sociedade, argumentando que a ação já estava programada. “Vamos aumentar a presença de agentes e trabalhar para obter resultados. Continuamos na luta contra o contrabando e a corrupção”, afirmou.

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