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O Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social (MSPyBS) do Paraguai atualizou, nesta sexta-feira (3), as informações referentes à explosão de casos de chikungunya que o país vem enfrentando desde o quarto trimestre de 2022. Somente nas últimas três semanas, 11.650 casos foram confirmados, havendo ainda 22.795 notificações em análise.
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De acordo com a pasta, 33 pessoas perderam a vida em razão da doença desde o primeiro óbito confirmado no país, em dezembro. Entre as vítimas, cinco tinham menos de 1 ano, duas estavam na faixa dos 30 aos 39 anos, três tinham de 50 a 59 anos, e três, de 60 a 69 anos, com 14 mortos entre 70 e 79 anos e seis entre 80 e 89 anos.
Outro ponto chamativo, destacado pelo diretor de Vigilância da Saúde, Guillermo Sequera, em entrevista coletiva, é que a chikungunya representa quase a totalidade dos casos de doenças transmitidas por meio da picada do mosquito Aedes aegypti no país.
“Há dengue, mas só 3% dos casos de zoonoses são de dengue e 97% são de chikungunya”, detalhou Sequera. “O epicentro continua sendo a capital Assunção e a região metropolitana, mas a diferença é que, agora, o percentual dessas áreas caiu da faixa de 90% a 80% para 70% do total do país, o que indica que a doença está se espalhando.”
Fronteira
No departamento (estado) de Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este, 137 pacientes já foram diagnosticados com o vírus da chikungunya, conforme números divulgados no último dia 27 pela 10.ª Região Sanitária, braço local do MSPyBS. Até a semana anterior, o total era de 71 casos, o que mostra um avanço importante na circulação da enfermidade.
Na Argentina, a província fronteiriça de Misiones soma 17 confirmações, com pelo menos três casos em Puerto Iguazú, onde a equipe do Hospital Marta Schwarz está passando, nesta sexta-feira (3), por um trabalho especial de capacitação em relação à chikungunya, cujos sintomas são similares aos da dengue.
Em Foz do Iguaçu, o último balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde aponta 24 casos confirmados nas redes pública e particular da cidade, sendo sete de moradores e 17 de pacientes de outras localidades (incluindo o Paraguai). A principal preocupação local é a dengue, que já provocou duas mortes no ano epidemiológico iniciado em agosto.
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