Turistas e trabalhadores do setor turístico têm reclamado, desde o início da atual temporada de férias de inverno, das filas na Rodovia Nacional 12 (RN12), no trecho entre o Parque Nacional Iguazú e a entrada de Puerto Iguazú. A princípio, uma das razões informadas para a demora foi a cobrança da “taxa de turismo”, tributo municipal no valor de P$ 250 (cerca de R$ 3) por pessoa.
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Em contato com a redação do H2FOZ, contudo, a jornalista Kelly Ferreira, do portal La Voz de Cataratas, relatou que uma das causas do inconveniente foi a realização de obras na pista da RN12, somada ao aumento no número de turistas que chegam de carro à fronteira, vindos de outras partes da Argentina.
Nota da redação: a fila relatada na matéria não tem relação com as demoras na aduana argentina da Ponte Tancredo Neves, geradas por questões como poucos guichês abertos ou rigor adicional na fiscalização.
Segundo Ferreira, a Taxa Ecoturística Municipal, exigida de turistas estrangeiros e de argentinos de fora da província de Misiones que ficarem pelo menos uma noite na cidade, vem sendo cobrada na rede hoteleira. Muitos hotéis da cidade, inclusive, já embutem a taxa no valor pago pelos hóspedes.
Na quinta-feira (13), o jornal El Territorio, publicou que os congestionamentos no principal corredor turístico do lado argentino vêm trazendo preocupação nos taxistas e motoristas – que, devido ao gasto adicional de tempo, deixam de fazer mais corridas.
“Nessas férias, pelo visto, vamos trabalhar menos do que tínhamos pensado, porque em cada ida que fazemos às Cataratas ou ao aeroporto perdemos mais de uma hora para entrar na cidade”, queixou-se um motorista de turismo ouvido pelo jornal. “Não quero nem pensar como será na próxima semana, quando chegarem os turistas de Buenos Aires.”

