Controle e remoção: perseguição a famílias de alemães e italianos moradores de Foz na 2ª Guerra Mundial

Historiador fala sobre livro que retrata o impacto do conflito nas Três Fronteiras; publicação pode ser baixada gratuitamente.

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Historiador fala sobre livro que retrata o impacto do conflito nas Três Fronteiras; publicação pode ser baixada gratuitamente.

O que aconteceu na comunidade das Três Fronteiras da Argentina, Brasil e Paraguai durante a 2ª Guerra Mundial, conflito que opôs os países Aliados e do Eixo? A busca pela resposta a essa pergunta move o trabalho de pesquisa, há mais de uma década, do professor universitário e historiador Micael Alvino da Silva.

Assista à entrevista:

Parte das indagações é respondida no livro A Segunda Guerra Mundial e a Tríplice Fronteira – A vigilância aos “súditos do eixo” alemães e italianos, que acaba de ser lançado pela Editora da Unila. Sobre essa temática, Micael foi entrevistado no programa Marco Zero, do H2FOZ e da Rádio Clube FM.

O Marco Zero é um programa conjunto produzido pelo H2FOZ e Rádio Clube FM. Entrevista, opinião, enquete, entretenimento, esporte, cultura e agenda. Todo sábado, das 10h às 12h. Participe do grupo no Whatsapp para receber as novidades.  https://bit.ly/3ws5NT0

Especialmente no final da década de 1940, com o auge da guerra na Europa, pequenos comerciantes e agricultores foram submetidos ao controle e fiscalização da polícia política do Estado Novo pelo simples fato de serem alemães, italianos ou descendentes. Foram considerados “súditos do Eixo”, rememora o historiador.

“O livro aborda o que aconteceu com os alemães e italianos que moravam em Foz do Iguaçu no momento em que a guerra atingiu o ápice na Europa”, disse Micael Alvino da Silva, durante a entrevista. Para escrever a obra, ele recorreu a fontes no Brasil e nos Estados Unidos e entrevistou moradores iguaçuenses.

“Podemos destacar dois processos importantes. O primeiro foi a ação deliberada da delegacia política, de atuação regional”, expôs. O segundo ponto foi a retirada de 80 famílias da fronteira simplesmente por serem alemães e italianas”, narrou o docente, que também faz parte do Grupo de Pesquisa sobre a Tríplice Fronteira (CNPq).

De acordo com Micael, as famílias de moradores da fronteira foram levadas impositivamente para uma região perto de Guarapuava, distante cerca de 300 quilômetros de Foz do Iguaçu. Foram obrigadas a deixar suas terras e bens, abandonar o trabalho, e alguns familiares foram divididos.

O livro A Segunda Guerra Mundial e a Tríplice Fronteira pode ser baixado gratuitamente aqui.

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