Brigada de Itaipu combate incêndios florestais na região do lago

Em menos de dois meses, seis ocorrências foram reportadas no entorno do reservatório, com 26 hectares afetados.

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Criada para prevenir e combater os riscos de incêndio nas áreas protegidas do entorno do reservatório, a Brigada Florestal da diretoria brasileira de Itaipu já atendeu, somente em 2024, a seis ocorrências no arco entre Foz do Iguaçu e Guaíra.

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O grupo está composto por 15 empregados de Itaipu e 44 terceirizados, que atuam nos escritórios de Foz do Iguaçu, Santa Helena e Guaíra.

Além da perda da vegetação, há impactos na fauna, na qualidade do ar e na sedimentação das margens do lago. Foto: Gentileza/Brigada Florestal de Itaipu
Além da perda da vegetação, há impactos na fauna, na qualidade do ar e na sedimentação das margens do lago. Foto: Gentileza/Brigada Florestal de Itaipu

Do dia 28 de janeiro, data da primeira queimada, até 13 de fevereiro, 26 hectares de área protegida foram afetados, o que corresponde a 26 campos de futebol. Em 2023, o único incêndio em áreas de Itaipu atingiu quatro hectares. Outras oito ocorrências foram verificadas, mas não eram nas áreas da binacional e foram apenas monitoradas.

A baixa do nível do reservatório, a falta de chuva e o fenômeno El Niño, que tem previsão de estender-se até maio deste ano, são apontados por Itaipu como as principais causas para o aumento. Em algumas das ocorrências, contudo, há suspeita de incêndio criminoso, provocado para derrubar a vegetação e facilitar o acesso ao lago.

“As queimadas em áreas protegidas resultam em uma série de consequências negativas que afetam não apenas o meio ambiente, mas também as pessoas. Por isso, causar incêndio ambiental é um crime previsto na lei ambiental”, ressalta Luís Cesar Rodrigues, da Divisão de Áreas Protegidas, citado pela assessoria de Itaipu.

Uma das ocorrências atendidas pela empresa neste ano foi um incêndio no Refúgio Binacional de Maracaju, na divisa entre o departamento (estado) paraguaio de Canindeyú e o estado brasileiro de Mato Grosso do Sul. O combate ao fogo teve o apoio de brigadistas paraguaios, devido ao caráter binacional da área.

Monitoramento

O monitoramento do risco de incêndio florestal nas áreas de Itaipu é feito com uma tecnologia desenvolvida pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI), por meio do Núcleo de Inteligência Territorial (NIT).

Tela do sistema de monitoramento, com indicativo de risco por cores. Foto: Gentileza/Brigada Florestal de Itaipu
Tela do sistema de monitoramento, com indicativo de risco por cores. Foto: Gentileza/Brigada Florestal de Itaipu

Com a ferramenta, os brigadistas conseguem ter uma previsão de três dias do risco de incêndio com base nas condições meteorológicas da região, de forma que, com o aumento do perigo, é possível direcionar ações preventivas para os locais mais críticos.

Para diminuir significativamente as queimadas, os brigadistas também fazem um trabalho de conscientização com os vizinhos que moram perto das áreas protegidas, cuja formação teve início na década de 1970, com o plantio de árvores nas localidades desapropriadas para a formação das futuras margens do lago de Itaipu.

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