Equipe de Itaipu solta animais silvestres recuperados

Falcão-relógio e cachorro-do-mato passaram por dois meses de tratamento no Refúgio Biológico Bela Vista, em Foz do Iguaçu.

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Biólogos e técnicos de Itaipu Binacional fizeram, nessa quarta-feira (29), a soltura de um falcão-relógio e de um cachorro-do-mato, que passaram por dois meses de tratamento no Refúgio Biológico Bela Vista, em Foz do Iguaçu.

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A devolução dos animais à natureza ocorreu nas proximidades dos locais onde foram encontrados. O cachorro-do-mato foi solto próximo à Vila Vitorassi, zona rural de Santa Terezinha de Itaipu. Já no caso do falcão, resgatado em uma área urbana, a soltura foi em área vizinha ao Parque Nacional do Iguaçu.

Falcão-relógio foi devolvido em uma área vizinha ao Parque Nacional do Iguaçu. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional
Falcão-relógio foi devolvido em uma área vizinha ao Parque Nacional do Iguaçu. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

“É o momento mais gratificante da nossa profissão, porque devolver um animal para a natureza significa o fechamento de um ciclo”, afirmou o biólogo Marcos de Oliveira, citado pela assessoria de Itaipu. “A gente recebe o animal que estava ‘morto’ para a natureza, consegue recuperar esse indivíduo e depois soltar em boas condições para a vida livre novamente.”

No dia da reintrodução ao ambiente natural, os animais receberam uma alimentação reforçada, para prevenir caso demorem a encontrar alimento nos primeiros dias de vida livre.

“Esses animais são importantes na natureza porque têm uma função ecológica. Ambos são predadores e controlam a população de suas presas, por exemplo, morcegos e pombos. Além disso, o cachorro-do-mato tem a função de disseminador de sementes, ajudando a recompor a vegetação local”, relatou Oliveira.

O falcão-relógio foi encontrado no dia 14 de março, caído no chão na área urbana de Foz do Iguaçu, com um ferimento na cabeça. Na chegada ao Refúgio, a ave apresentava sinais de trauma.

Já o cachorro-do-mato foi atropelado e estava inconsciente quando foi encontrado na Vila Vitorassi. Ele chegou ao RBV no dia 30 de março, apresentando sinais de traumatismo na região da cabeça e ferimentos superficiais em uma das patas.

Equipe que participou do procedimento. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional
Equipe que participou do procedimento. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

“Apesar de, no início, ele apresentar alguns problemas neurológicos, como andar cambaleante e um pouco de dificuldade para se movimentar, aos poucos ele foi recuperando a visão e os movimentos, até apresentar o comportamento normal de um cachorro-do-mato”, detalhou Aline Konell, médica-veterinária.

A recomendação à população, em caso de encontrar animais silvestres feridos, é entrar em contato com órgãos como o Instituto Água e Terra, Polícia Ambiental ou Corpo de Bombeiros, cujos integrantes possuem o conhecimento necessário para o resgate seguro.

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