Nível dos rios da fronteira volta ao normal após mais de um mês

No pico da cheia, Rio Iguaçu registrou vazão 16 vezes acima do normal; no Rio Paraná, volume está novamente dentro da média.

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Após mais de um mês com volumes acima da média para a época do ano, os dois grandes rios da fronteira, Paraná e Iguaçu, retornaram ao fluxo normal. No caso do Iguaçu, o pico da cheia foi alcançado no dia 30 de outubro, com vazão 16 vezes maior (24.200 metros cúbicos por segundo) nas Cataratas do Iguaçu.

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Na manhã desta quarta-feira (29), às 6h, a vazão nas quedas d’água na fronteira entre Brasil e Argentina, medida pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), era de 2.550 metros cúbicos por segundo (m³/s), ainda acima do referencial padrão de 1.500m³/s, mas com tendência de redução.

Já no Rio Paraná, fronteira entre Brasil e Paraguai, a usina de Itaipu informou que desmobilizou sua Comissão Especial de Cheias (CEC), ativada no final de outubro, para acompanhar as oscilações dos rios e planejar ações de redução de impactos e atendimento às famílias afetadas, em especial, na margem paraguaia do Paranazão.

No ponto culminante da enchente, quando o Rio Iguaçu chegou a represar parte do Rio Paraná no trecho entre o Marco das Três Fronteiras e a Ponte da Amizade, cerca de 500 famílias tiveram de deixar suas casas em locais como os bairros ribeirinhos San Rafael e San Agustín, em Ciudad del Este.

Vazão atual do Rio Iguaçu. Gráfico: Copel
Vazão atual do Rio Iguaçu. Gráfico: Copel

Atualmente, segundo Itaipu, apenas duas famílias ainda não retornaram. O recuo do Paraná, que chegou a estar 15 metros acima do nível atual, foi aproveitado por equipes da binacional para ações de limpeza na margem paraguaia, com a remoção de lixo e entulhos arrastados pelas enxurradas.

No lado argentino da fronteira, o porto da cidade de Puerto Iguazú voltou a operar na semana passada, com a retomada das travessias de balsa em direção à cidade paraguaia de Presidente Franco e dos passeios turísticos nas águas trinacionais.

No Parque Nacional Iguazú, que abriga o lado argentino das Cataratas, ainda não há data para a reabertura da passarela da Garganta do Diabo, que teve pelo menos 73 trechos de grades arrastados pela correnteza. Já o Circuito Superior, que também teve partes danificadas, já está com 90% de sua extensão liberada para a circulação de turistas.

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