Boeing “estacionado” em gramado de Foz já transportou presidentes e até o Papa

Revista especializada em aviação faz matéria especial sobre o Boeing 737-200 presidencial, o Sucatinha.

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O site Aeroin, criado por fanáticos pela aviação, dedicou uma ampla reportagem a uma "atração" de Foz que poucos conhecem: o Boeing 737-200 presidencial, que está "estacionado" num gramado de Foz do Iguaçu. Ele é o famoso "Sucatinha", que transportou oito presidente da República, entre 1976 e 2010, e até o Papa João Paulo II.

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O Sucatinha, que estava se deteriorando na Base Aérea de São Paulo, foi comprado pelo empresário iguaçuense Eloy Biesuz, dono da empresa de táxi aéreo Helisul. O avião foi recuperado e Biesuz pretende construir um platô, onde o avião possa se mover, virando de fato uma atração. Mas ainda não um prazo definido.

O Aeroin elogia a iniciativa do empresário e diz que, quando ele inaugurar o platô, pretende convidar a tripulação que participou do seu último voo. O empresário tem o nome de toda a tripulação, que ficou anotada no livro de bordo da aeronave.

Segundo o site, a Helisul assinou um contrato com a Força Aérea Brasileira (FAB) para uso e concessão de bem cultural, que a tornou responsável pela preservação do Sucatinha nos próximos 10 anos.

12 dias por terra

O Boeing chegou em Foz do Iguaçu em julho de 2016. A viagem, obviamente que por terra, durou 12 dias. Já em Foz, a equipe de mecânicos da Helisul montou e restaurou o avião, num trabalho que levou três meses. Ficou "impecável", segundo os experts da Aeroin.

O VC-96 FAB 2115 está exposto junto ao heliporto da empresa, que fica na Avenida das Cataratas, em frente ao Parque das Aves e a poucos metros do estacionamento principal do Parque Nacional do Iguaçu, informa o Aeroin. "Quem passa na estrada consegue ver o 737 em destaque na paisagem e é normal muita gente parar para fazer fotos com ele de fundo."

A chegada a Foz, ainda semi-desmontado, em 2016. Foto Aeroin

A história do Sucatinha

O Aeroin conta a história do avião que hoje está em Foz do Iguaçu. Só reproduzimos:

"Em 19 de agosto de 1976, o Grupo de Transporte Especial (GTE) da Força Aérea Brasileira recebia o primeiro Boeing 737-200 com a designação militar de VC-96 (FAB 2115), e 20 dias depois o segundo (FAB 2116).

As aeronaves faziam parte de uma encomenda original da Vasp, mas acabaram nunca voando na empresa paulista. Ao invés disso, foram destinadas ao governo para substituir dois jatos ingleses BAC 1-11 que eram empregados desde 1968 no transporte de membros dos poderes executivo e legislativo. Em seu interior, cabiam seis tripulantes e 40 passageiros, numa configuração VIP que contava até com uma suíte.

Em 1980, o VC-96 cumpriu uma missão que ficou marcada para a história, tendo sido utilizado como transporte oficial do Papa João Paulo II durante sua visita a onze estados em todo o país.

Ao longo de sua vida, os aviões receberam o apelido de “Sucatinha”, em alusão ao tempo de uso e ao apelido dado a seu irmão maior. O Boeing 707 era conhecido como “Sucatão”, cujo nome lhe foi dado em 1996, devido aos inúmeros problemas de manutenção, além de serem barulhentos.

O Boeing conserva todas as características originais. Foto Aeroin

E, de fato, assim como seu irmão maior, o “Sucatinha” também teve vida longa, a qual veio ao fim em 2011, quando o governo os trocou por dois modernos Embraer E190-E1 (VC-2). Ao longo de seus mais de 30 anos na FAB, os 737 acumularam mais de 50 mil horas de voo, transportando ministros, presidentes e legisladores."

A revista eletrônica

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