Entre janeiro e outubro de 2024, o Paraguai movimentou 129% mais cargas pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), na comparação com o mesmo período do ano anterior.
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É o que aponta o balanço divulgado pela empresa que administra o TCP, citando que o número movimentado chegou a 7.673 TEU, sigla em inglês para Twenty-Foot Equivalent Unity, medida equivalente a um contêiner com 20 pés.
Pelo Porto de Paranaguá, o Paraguai exporta produtos como grãos, carne e madeira. Já as importações são compostas por itens como máquinas, insumos agrícolas, autopeças e equipamentos destinados aos setores de produção.
O aumento no uso do porto paranaense está relacionado a fatores como os períodos de estiagem na hidrovia dos rios Paraguai e Paraná. Em média, a via fluvial concentra mais de 80% do comércio exterior paraguaio.
Outro fator que contribuiu para a maior utilização da estrutura em Paranaguá é a existência de uma área específica para cargas refrigeradas.
Pelo TCP, o Paraguai exportou, entre janeiro e outubro, 3.216 TEU com produtos como carne bovina, em direção a mercados como Taiwan, Canadá e Estados Unidos. O crescimento em relação a 2023 foi expressivo: 567%.
Ligação histórica com o Paraguai
Paranaguá está na rota do comércio exterior paraguaio desde a década de 1960, com a inauguração da Ponte da Amizade e a pavimentação da atual BR-277.
Por acordo diplomático entre os governos, o país vizinho tem direito a manter um porto franco em Paranaguá. Já o Brasil, se assim o desejar, poderá instalar um entreposto similar em Concepción, às margens do Rio Paraguai.
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