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Prof. José Afonso de Oliveira – OPINIÃO
As ruínas das reduções jesuíticas dos índios guaranis são encontradas no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, ensejando a criação de um caminho missioneiro que teria início aqui em Foz do Iguaçu até a cidade de São Miguel, no Rio Grande do Sul, passando pelas ruínas de Trinidad, no Paraguai; San Inacio Mini, na Argentina; as ruínas no Uruguai, terminando nas ruínas encontradas no Rio Grande do Sul.
O epicentro desse caminho seria exatamente Foz do Iguaçu – que, mesmo não tendo nenhuma ruína missionária em seu território, registra a epopeia de transmigração do padre jesuíta Montoya deslocando cerca de 20 mil índios guaranis das reduções próximas a Guaíra até a Argentina, passando pelo território das Cataratas do Iguaçu.
As ruínas das reduções jesuíticas dos índios guaranis estão tombadas pela Unesco como patrimônio histórico-cultural da humanidade e têm recebido verbas internacionais para a sua manutenção em território do Paraguai e da Argentina.
Aqui na cidade, marcando exatamente esse patrimônio importante para toda a humanidade, o campus da Unioeste busca resgatar toda essa arquitetura de uma forma estetizada.
É exatamente pensando nessa realidade já construída e existente, servindo a todos os alunos, professores e servidores da universidade, que se tem a ideia, já antiga, de constituirmos um centro de documentação e estudos no campus exatamente visando ao melhor atendimento dos turistas, especialmente europeus, que nos visitam.
A ideia é proporcionar conferências, palestras, cursos para esses turistas e depois acompanhá-los numa visita às reduções na Argentina, Redução de San Ignacio Mini e no Paraguai, Redução de Trinidad. Bom observar que referida visita pode perfeitamente ser realizada em apenas um dia, pois essas reduções estão bem próximas de Foz do Iguaçu.
Como os visitantes da Grécia visitam a cidade de Atenas para estarem na Acrópole ou os visitantes da Itália a visitam para conhecerem o Coliseu, assim também visitantes no Brasil poderão conhecer as reduções jesuíticas, que marcam um momento único na história da humanidade quando do documento de tombamento pela Unesco se afirma ter sido esse o maior trabalho humanitário da toda a história da humanidade.
José Afonso de Oliveira é sociólogo e professor universitário em Foz do Iguaçu.
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Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.
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