GAECO apreende documentos, celulares e dinheiro em investigação de “rachadinha” que tem Galhardo como alvo

A defesa do vereador não irá manifestar-se ainda porque os “autos encontram-se em segredo de Justiça”; Câmara emite nota sobre as buscas.

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A defesa do vereador não irá manifestar-se ainda porque os “autos encontram-se em segredo de Justiça”; Câmara emite nota sobre as buscas.

Em mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 19, no gabinete e residência do vereador Admilson Galhardo (Republicanos), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) apreendeu documentos, celulares e R$ 11 mil em espécie. As diligências fazem parte da apuração de supostas práticas de “rachadinha” e contratação de “funcionário fantasma” que recaem sobre o parlamentar.

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A acusação foi negada anteriormente por Galhardo, dizendo que elas “não procedem” e que estão relacionadas a disputas políticas e eleitorais. Diante da intervenção do GAECO, a defesa do vereador emitiu nota declarando que seu advogado, Eduardo Sampaio Valle, acompanhou a execução dos mandados nesta manhã, mas que não dispõe de elementos para manifestar-se por ora.

“No presente momento, não é possível manifestar-se com relação aos fatos em questão, considerando que os autos que desencadearam tais medidas encontram-se em segredo de Justiça”, diz a nota da defesa. O advogado afirma que pediu a “habilitação nos autos” para inteirar-se, anunciando um pronunciamento em breve.

O vereador é investigado, explica o GAECO, por “supostamente exigir o repasse de parte dos vencimentos de assessores nomeados em seu gabinete na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu e por possível nomeação de ‘funcionário fantasma’”. Os materiais e dinheiro apreendidos, prossegue, “serão analisados no âmbito das investigações de possíveis crimes contra a Administração Pública, organização criminosa e lavagem de dinheiro”. A operação foi chamada de “Parceria”.

O que diz a Câmara

Em nota oficial, a Câmara Municipal comunica ter recebido os “policiais para verificar apenas o gabinete do vereador investigado”. O Legislativo afirma que já apura os fatos mencionados na operação, por meio de uma Comissão Processante, e “reitera o compromisso com a transparência pública e total colaboração com o órgão investigativo”, conclui o comunicado emitido pela mesa diretora.

Segundo caso

É a segunda diligência de busca e apreensão contra vereadores iguaçuenses conduzida pelo GAECO, em investigação sobre “rachadinha”, no período de 40 dias. No começo de setembro, os agentes bateram no gabinete da vereadora Protetora Carol Dedonatti (PP) e pessoas de seu vínculo. A parlamentar refutou as acusações e disse que as medidas visaram a “atingir a sua carreira política, danificar sua imagem e campanha eleitoral”, defendeu-se.

Na ocasião, mandados judiciais foram empreendidos, além do gabinete da vereadora, na Diretoria de Bem-Estar Animal (Diba), vinculada à prefeitura, e em uma associação que atua na causa animal. Assim como o ilícito de “rachadinha”, nesse caso, o GAECO apura se há ingerência política de Carol Dedonatti na diretoria e se a Diba teria sido criada para atender a agente política, em desvio de finalidade das funções da administração pública.

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