Avanço da ômicron faz janeiro ser o segundo mês mais mortal no estado

Número de óbitos atingiu segundo maior patamar desde 2003, conforme a série histórica dos cartórios.

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Número de óbitos atingiu segundo maior patamar desde 2003, conforme a série histórica dos cartórios.

O avanço da variante ômicron é tido como uma explicação para janeiro ser o segundo maior em número de óbitos registrados pelos cartórios de registro civil do Paraná. Houve aumento superior a 77% nos falecimentos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), em comparação ao mesmo mês de 2021.

No mês passado, foram 7.451 óbitos no estado, ante 7.782 registrados no ano anterior (queda de 4,2%). Comparando com 2020, quando incidiu a pandemia em nível mundial, houve elevação de 28%, sempre tendo janeiro como parâmetro.

A mortes por SRAG passaram de 27 em janeiro de 2021 para 48 neste ano. Em 2020, antes da pandemia, foram confirmadas cinco vidas perdidas para a doença, conforme levantamento do serviço de cartórios.

Os dados estão no Portal da Transparência do Registro Civil, em https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio. Essa base é administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/BR), abastecida em tempo real com atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos 7.658 cartórios de registro civil do país.

Ainda segundo os cartórios, houve crescimento de mortes por doenças do coração em janeiro deste ano, comparativamente como o mesmo mês no ano passado, sendo: AVC (29%), causas cardiovasculares inespecíficas (17%) e infarto (3%). Óbitos por covid-19 tiveram redução de 65% no período.

Mais mortes violentas

Apesar de o total de mortes em janeiro de 2022 no Paraná ter diminuído 4% e de os falecimentos por doenças apresentarem recuo de 9%, os óbitos por causas violentas aumentaram 75% e são decorrentes de homicídios, acidentes de veículos, suicídios, entre outras.

Variação

Os cartórios advertem que o número de óbitos registrados nos meses de 2022 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual e do período. Isso se deve aos prazos para registro, que chegam a prever intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento no Portal da Transparência.

(Com informações do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Paraná)

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