Foz do Iguaçu decreta ‘estado de atenção’ para dengue e chikungunya

Norma da prefeitura permite endurecer fiscalização; indicadores apontam risco de nova epidemia.

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Decreto da prefeitura classifica Foz do Iguaçu como em “estado de atenção” para risco de epidemia para dengue, chikungunya e zika. As três doenças são transmitidas pelo Aedes aegypti.

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A principal mudança é permitir ações mais duras de fiscalização, principalmente na autuação de imóveis abandonados e foco do mosquito. Possibilita aos agentes de saúde o ingresso forçado.

O acesso ainda ocorre em caso de “recusa de pessoa para permissão do agente público na fiscalização”, explica a chefe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Renata Defante. As medidas são por causa de emergência epidemiológica na cidade.

O decreto municipal prevê que todos os proprietários de imóveis ou responsáveis serão notificados a cumprir as determinações do Código de Posturas. Isso implica:

  • realizar a limpeza e manter asseados os quintais, terrenos e edificações; e
  • retirar todo o mato, lixo e material que acumule água e possibilite a criação do mosquito Aedes aegypti, outros insetos e aracnídeos.

Dengue

A medida passa a vigorar nesta quarta-feira, 4. Quem não cumpri-la receberá auto de infração e multas. A prefeitura poderá fazer a limpeza do imóvel e cobrar o serviço.

Ainda estão previstas penalizações com graduação maior da pena de multa. A sanção se aplica a casos de imóvel contendo material com água parada e larvas do mosquito Aedes aegypti.

Risco de nova epidemia

Os dados do novo ano epidemiológico, iniciado em agosto, expõem picos maiores da doença comparados ao mesmo período de anos anteriores. Em apenas dois meses, são 1.696 casos, com 92 confirmações de dengue.

O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), de agosto, registrou um Índice de Infestação Predial (IIP), isto é, a presença de larvas, de 2,95%. Esse indicador caracteriza “médio risco”.

Já o Índice de Positividade de Armadilhas (IPA), que é a presença de mosquitos adultos, teve resultado como “alto risco” para epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O indicador foi de 9,42%.

Indicadores apontam a tendência de uma nova epidemia, diz a prefeitura. O LIRAa mostra que cerca de 80% dos criadouros estão nas residências, em depósitos como lixo, recipientes de plásticos, latas, entulhos e pequenos depósitos móveis, o que requer atenção da população.

Mobilização

No dia 30 de setembro, a prefeitura lançou uma força-tarefa que seguirá até o próximo dia 14. Cerca de 200 servidores atuam em ações de vistoria ambiental, limpeza e fiscalização em várias regiões da cidade.

(Com informações da Agência Municipal de Notícias)

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