Saúde pública em Foz do Iguaçu é pauta de plenária do Codefoz

Unila fez apresentação sobre a proposta de implantação de um hospital universitário no município.

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Constituição de hospital universitário no município e o Método Wolbachia como estratégia de combate à dengue foram pautas da plenária mensal do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social). A sessão foi no último dia 20, com apresentações e diálogo sobre os dois temas.

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O primeiro assunto foi o modelo hospitalar, envolvendo gestão, atendimento e financiamento. Críticas à saúde plena vigente, pactuação de serviços em eventual nova modelagem do Hospital Municipal Padre Germano Lauck (HMPGL) e riscos de politização envolvendo a saúde pública foram alguns pontos elencados pela plenária.

Presidente do Codefoz, Fernando Castro Alves defendeu maior discussão com a sociedade em torno do modelo de assistência hospitalar. “Quanto mais diálogo e transparência, maior será a chance de afastar erros”, opinou, ao término da sessão.

“O debate em torno do Hospital Municipal não se extingue aqui, sendo atribuição do poder público ampliar essa pauta devido à sua complexidade”, disse. “Como foi apresentado, não só o ensino está envolvido, mas a qualidade do serviço hospitalar, folha de pagamento, passivo atual e financiamento futuro”, citou Fernando.

Solução para problemas da sáude

O vice-reitor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Rodne de Oliveira Lima propôs como enfoque de debate a criação de um hospital universitário para o que vem sendo tratado como federalização do Hospital Municipal Padre Germano Lauck. Em sua fala:

  • fez um histórico das tratativas da universidade envolvendo a criação de um hospital universitário no município;
  • explicou a necessidade da instituição por um equipamento dessa natureza para as atividades práticas dos cursos na área de saúde;
  • avaliou que o hospital universitário ajudaria a resolver problemas da saúde pública iguaçuense, como a baixa quantidade de leitos por número de habitantes e o de financiamento, entre outros.

“Cidades que constituíram hospital universitário, ao longo do tempo, foram se tornando referência em saúde, porque atraem para o município profissionais e um rol de serviços diversificados e de alta complexidade”, avaliou. “É um ponto de desenvolvimento do setor de saúde em várias dimensões, que extrapolam a oferta de serviços”, considerou Rodne.

Sem política na saúde

As decisões em torno do Hospital Municipal são politizadas desde a sua fundação e ganham força em períodos de eleição, enfatizou o presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACIFI), Danilo Vendruscolo. Para ele, mudanças drásticas precisam ser construídas e ter o aval da sociedade “Qualquer debate neste momento é infrutífero devido às limitações da legislação eleitoral”, disse.

Para o dirigente, a proposta em torno do Hospital Municipal precisa ser amadurecida com instituições que atuam na saúde, órgãos de controle etc. “A sociedade civil é parceira para buscar soluções para o Municipal, como já foi em momentos bem difíceis dessa unidade. Mas não pode ser em algo com poucas informações técnicas, precipitado e ao término de uma gestão municipal”, cobrou Danilo.

Wolbito contra a dengue

No Codefoz, técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério da Saúde, James Berson Lalane e Rodrigo Alves detalharam e orientaram sobre o Método Wolbachia, que está sendo implantado em Foz do Iguaçu como estratégia complementar de combate à dengue. Eles trouxeram dados da redução da doença em países como a Austrália e cidades brasileiras.

Os wolbitos, os mosquitos aliados no combate à dengue, em 50% do território. “O wolbito não tem alteração genética, e as pesquisas mostram que esse método não pode afetar pessoas, animais e natureza”, enfatizou James, que é o gerente do projeto pela Fiocruz. “É um método natural, autossustentável e 100% seguro”, complementou Rodrigo, assistente de Projetos do Ministério da Saúde.

PRESENÇAS – Também participaram da plenária o presidente da Câmara de Vereadores, João Morales; procurador-geral do município, Osli Machado; secretários municipais da Saúde, Ulisses Figueiredo, e da Fazenda, Salete Horst; diretor-geral da Unioeste/Foz, Sergio Fabriz; presidente do Codetri, Roni Temp; presidente do Observatório Social, Jaime Nascimento; e presidente da comissão especial referente ao ativo e passivo financeiros que guarnecem o HMPGL, Vitor Hugo Nachtygal; coordenador da CT de Saúde do Codefoz, Valter Teixeira; profissionais da saúde, advogados, professores e estudantes universitários, empresários, lideranças e demais agentes públicos.

(Com informações do Codefoz)

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