Pelé: cão estava em campo, em sua partida final

O Rei do Futebol, durante tratamento contra o câncer que o driblou, acolhido por sua esposa Marcia e a inseparável Cacau

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Por AIDA FRANCO LIMA | OPINIÃO

A morte de Pelé, o Rei do Futebol, nesse dia 29, foi noticiada literalmente em todo o Planeta. Escrever sobre Pelé, é o desafio de não repetir tudo o que já foi registrado, em vida, sobre a figura mais rara de um álbum do campeonato de todos os tempos. Um artista da bola, que chutou um estigma, pois com apenas 17 anos, no esplendor da vida, conseguiu ser reconhecido e aclamado como tal, sempre sob a luz dos holofotes. Muito diferente de estrelas de outras artes, muitas vezes reconhecidas somente após suas partidas literais.

Edson Arantes do Nascimento, cujo primeiro nome foi homenagem ao ‘gênio da lâmpada’, Thomas Edson, brilhou mais que diversas constelações, sendo homenageado inclusive pela Nasa.

Mas em suas fotografias recentes, de seu Instagram, com mais de 14 milhões de seguidores, além da família, havia um ser especial a lhe acompanhar. Não eram os milhares de troféus e nem o saldo bancário. Mas uma cachorra idosa, a Cacau. Uma Golden Retriever com as marcas da idade, igual a seu tutor, de 82 anos. No texto no Instagram, logicamente administrado por terceiros, a frase: “A paz de estar ao lado da minha querida esposa, Márcia, e nossa companheira inseparável, Cacau. O tratamento é difícil, mas sentir o amor delas é o melhor remédio. Lar, doce lar.”

Fui procurar no Google mais passagens de Pelé com os bichos. Mas quando procurava a imagem, apareciam peles de animais. Porque o Pelé sempre foi conectado à genialidade no futebol. É como se ele fosse o próprio algoritmo. Mas ainda assim achei algumas outras passagens. Em outubro de 2018, a Fifa publicou imagem de Pelé com um cachorrinho no colo, para marcar o dia especial de amor aos animais de estimação.

Em 2005, no Jornal Animal Pelé, contava que tinha cães, pássaros e tartarugas. E relembrou dos animais de estimação de quando criança: “Em minha infância tive animais de estimação, o macaco Chico, o cachorro Rex e o papagaio Pirulito”. Uma época em que animais silvestres eram domesticados tais quais cães e gatos são hoje. E ainda que fosse criador de animais para abate, ele confidencia para o entrevistador: “Já perdi um boi de estimação e foi muito triste”. Falou ainda que até compôs uma música para o mesmo: “Pretendo gravá-la um dia”.

“Nós somos animais racionais que cada vez mais, estamos precisando dos animais irracionais, que tem servido de apoio terapêutico para as pessoas”. (Pelé, 2005)

Passados 17 anos, Pelé se foi. Seu brilho goleia eventos singulares, como o fim e início de governos, Bolsonaro e Lula, o término e começo de um ano, 2022 para 2023, e mesmo o delicado estado de saúde do papa emérito, Bento XVI. O Rei do Futebol, o Presidente de todos os competidores, o Papa dos gramados, sim com letras grandes, o precursor de todos os tempos. O homem que dava soco no ar, ao comemorar suas conquistas, sabia também que o amor dos animais é um troféu espetacular. E que eles sempre estarão conosco, seja correndo em um campo, ou ao lado de uma cadeira de rodas.

Imagem publicada pela FIFA, em 2018, em homenagem ao Rei e em incentivo ao amor pelos animais. Foto: Reprodução Instagram FIFA

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1 comentário
  1. Pedro Diz

    Amo os cães por isso, estarão presente conosco em todos os momentos!! Gosto de gatos também mas eles são mais independentes, mas os cães já estão com você lá em todas as situações (se você deixar kk)

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