Caminhoneiros e o ‘canto da sereia’ para ilícitos na fronteira

Leia a opinião do portal sobre contrabando, descaminho e tráfico na região fronteiriça.

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Nesta semana, oito caminhões foram embargados na aduana da Ponte Internacional da Amizade com grande quantidade de mercadorias consideradas ilegais. Os veículos de carga foram adaptados para a finalidade de transportar material ilícito na fronteira. O balanço é apenas da Receita Federal do Brasil.

Em uma ocorrência que ganhou enorme visibilidade, o motorista de um comboio desengatou o cavalo da carreta em cima da ponte, deu meia volta e fugiu ao Paraguai. A manobra, em espaço estreito, envolveu ousadia e risco. Nessa abordagem, cinco veículos foram recolhidos, a carga foi estimada em R$ 10 milhões e duas pessoas foram presas.

Também nesta semana, um caminhoneiro que carregou em Foz do Iguaçu foi detido com 2,5 toneladas de droga na região Norte do Paraná. Ele relatou para a polícia que o entorpecente foi atravessado de barco da margem paraguaia, pelo Rio Paraná, em uma área de incidência de tráfico.  

De volta à Ponte da Amizade: entre as interceptações, os agentes públicos retiraram de circulação 180 quilos de cocaína, que eram levados em um caminhão de médio porte, sem prisões. E na carroceria de um transporte de cargas, o confisco foi de mais de meio milhão em muamba, inclusive volume expressivo de cigarros eletrônicos prejudiciais à saúde.

A exposição é para amplificar o alerta a motoristas de caminhões e carretas que caem no “canto da sereia” e acabam engrossando o fluxo das atividades ilícitas na região fronteiriça, seja com mercadorias, pneus, drogas, medicamentos, armas e agrotóxico. Ainda que empresas e instituições promovam ações preventivas, as ocorrências mostram a importância da conscientização.

Contrabando não é meio de vida, e transgredir legislações e normas cobra o seu preço. Há casos em que a Justiça suspende a carteira de habilitação, sem a qual, obviamente, não é possível ao motorista exercer a sua atividade profissional, além de prisões e perda do veículo. E as penas para práticas confirmadas de tráfico internacional de droga são elevadas.

As forças de fiscalização e segurança, não é demais lembrar, já descreveram um considerável repertório de estratégias ilícitas. Na região fronteiriça da Argentina, Brasil e Paraguai, além de tecnologia, como o escâner, são aliados do monitoramento cães farejadores e equipes especializadas, como a de Análise de Risco, da Receita Federal, que atua na Ponte da Amizade. Apreensões, pois, não são mais como encontrar agulhar no palheiro.

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1 comentário
  1. JOSE FERNANDES SOARES Diz

    Nós que vivemos mais no centro do país, sempre que ouviamos falar de Foz do Iguaçu, a primeira coisa que vinha a mente era as Cataratas, Itaipu. O passou e as coisas mudaram, hoje quandose fala em Foz do Iguaçu/Ciudad del Leste, a primeira coisa que vem a mente é, tráfico de drogas, contrabando, crime organizado, mas na verdade não é bem assim, esta região é uma região rica, com pessoas trabalhadoras, existem crimes, sim! Como em qualquer outra região do país, portanto está na hora das autoridades constituídas, desta importante região, começarem a vender para o resto do Brasil, uma imagem diferente

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