Pobreza em Foz do Iguaçu atinge maior número desde 2012

Leia opinião do portal sobre desigualdade social em Foz do Iguaçu.

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Os dados do Cadastro Único (CadÚnico), que reúne pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica, expõem o aumento da pobreza em Foz do Iguaçu. Essa realidade, expressa pelo cômputo oficial, é fácil e nitidamente constatada nas ruas, semáforos, edifícios abandonados e regiões populares da cidade.

São 58.482 famílias inscritas no CadÚnico, que é o instrumento de acesso a programas governamentais, sendo o Bolsa Família o principal deles. Equivale a dizer que cem mil pessoas pertencem a famílias com renda per capita mensal de até R$ 660. É o maior número desde 2012, conforme a série histórica desse cadastro.

Esse levantamento consta de reportagem exclusiva do H2FOZ. A matéria mostra que a pobreza e a extrema pobreza em Foz do Iguaçu aumentaram pelo 28.º mês consecutivo. Cerca de 65 mil moradores nessa condição se dividem entre núcleos familiares com recursos de até R$ 109 ou R$ 218 por pessoa para viver, aumento de 60% desse contingente.

Em outro conteúdo, o portal de notícias revela que a gestão da assistência social em Foz do Iguaçu recebeu nota 3,90 – de 10,0 – do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), referente a 2022. O órgão estadual de contas reprova o município em todos os sete vetores examinados nessa área da administração local.

Esteia a Secretaria Municipal de Assistência Social que o aumento da população pobre reflete, principalmente, possíveis falhas de cadastro e a pandemia, pois trabalhadores no Paraguai não teriam retornado a esses postos. A covid-19, prossegue a pasta, gerou o aumento da demanda e das famílias vulneráveis, o que explicaria a nota baixa recebida do Tribunal de Contas.

A assistência social não pode dar conta, isoladamente, da realidade do aumento da pobreza. Mas há medidas que, se implantadas de forma eficiente, podem levar à inserção social pelo trabalho e a práticas solidárias e inclusivas de promoção de renda capazes de garantir o sustento e a autonomia das pessoas.

Ao pontuar-se o aumento da população pobre e extremamente pobre, é necessário chamar atenção para a economia de Foz do Iguaçu, pois esse é o elemento central que pode promover inclusão ou aumentar as desigualdades, que é capaz de elevar a qualidade de vida ou segregar quem compartilha esse espaço geográfico e humano chamado cidade.

Em que pese o ufanismo da oficialidade, o saldo de emprego em Foz do Iguaçu encolheu 32,65% no ano passado, na comparação com 2021, conforme dados do Novo Caged. Estudo econômico avalia que a cidade está estagnada em relação a outras localidades da região, com massa salarial e investimentos próprios mais baixos, mesmo com melhor receita de dinheiro que entra no caixa da prefeitura.

Erradicar a pobreza com oportunidades e sustentabilidade é o desafio da cidade que chega a 109 anos. A gestão pública deve ser a indutora desse processo, em comunicação com a sociedade. Na sua ausência ou ineficiência, sobra a rudeza, como o pedido da Câmara de Vereadores para “a retirada de moradores de rua e andarilhos” de espaços públicos de um bairro iguaçuense.

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3 Comentários
  1. Antônio Diz

    ………..

  2. Yuri Diz

    Em quanto os produtos que compramos nos mercados sobraram de preço em 5 anos, o salário aumentou uns 15% salário nunca acompanha a inflação real, os sindicatos só estão aí pra cobrar mensalidades, pois nwoblytam pelo trabalhador. Outro ponto são os lotes e moradias, em 2010 se comprava um lote por 15 mil no Jd ipê, hoje está na casa dos 250 mil, e em toda cidade está caro comprar casa ou lote, com salário baixo e tudo caro não dá pra fazer nada, o pobre trabalha pra sobreviver, subsistência praticamente, não consegue crescer ou acumular riqueza já que tem que gastar tudo com comida e vestimenta, esse é o país do lula, do Bolsonaro e da Dilma, prometem ajudar os pobres mas o que fazem é sufocar os pobres com aumento de impostos, lamentável esse pais

  3. Deni Diz

    Foz do Iguaçu está cheia de empregos para quem quer trabalhar, se vc for fazer uma pesquisa nas empresas vai ver que os empresários não estão conseguindo mão de obra , A construção civil está trazendo trabalhadores do Paraguay pq não encontra aqui em Foz .

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