Zé Elias enfoca ‘voto consciente’ e gestão para a população ter orgulho de viver em Foz

Candidato a prefeito de Foz do Iguaçu participou da série de entrevistas Dois em Um, do H2FOZ e Rádio Clube FM; leia o texto, assista ao vídeo.

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Candidato a prefeito de Foz do Iguaçu pelo União Brasil, Zé Elias foi entrevistado e fechou a série de entrevistas no Dois em Um, realização do H2FOZ e Rádio Clube FM 100,9. Cada um dos sete prefeituráveis nas Eleições 2024 teve o tempo de uma hora, das 11h às 12h, para apresentar projetos, planos de governo e visões de gestão para o município.

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Assista ao vídeo:

O concorrente reportou que pretende iniciar os trabalhos imediatamente após a eleição, caso seja eleito, com uma equipe de transição que incluirá servidores de carreira. Declarou que realizará uma administração conjunta com o seu vice, Leandro Costa. De cara, fará o corte de cargos políticos, implantará a gratuidade nos ônibus e, em seis meses, abrirá um restaurante popular, projetou.

Afirmou que está comprometido em melhorar a saúde pública, corrigindo as filas de cirurgias eletivas e para exames, estendendo o horário de funcionamento de unidades básicas de saúde (UBSs) e dobrando o número de unidades de pronto atendimento (UPAs). Para a população idosa, implantará centros de convivência nos bairros, unindo esporte, saúde, lazer e qualidade de vida. Criticou o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) pelo que considera ausência de obras e investimentos estaduais na cidade.

A Controladoria do município, disse, hoje está praticamente desmantelada e será substituída pela Agência Municipal Anticorrupção, por sugestão do senador Sergio Moro, do seu partido. “Irá atuar na prevenção e na precaução. Os contratos terão fiscais e gestores e serão monitorados, porque temos contratos ‘leoninos’, como o do lixo, que retira do erário de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões por ano, mas a cidade está suja, sem zeladoria. Temos ido a bairros onde a coleta ocorre somente uma vez por semana”, expôs Zé.

Ao lançar análise sobre as questões socioeconômicas, criticou a falta de moradia popular, emprego e renda, usando o dado de que a metade dos trabalhadores da cidade ganha menos de dois salários mínimos, que 35% da população depende do Bolsa Família e cinco mil moradores trabalham fora da cidade, em uma cooperativa da região. “Tivemos uma cidade sequestrada para atender interesses obscuros. Quem cuidou da população de fato?”, indagou.

O candidato ainda detalhou a sua visão acerca de uma das principais fontes econômicas. “A melhor fase de Foz do Iguaçu será a do turismo, mas hoje ele nem foi trabalhado. Temos uma cidade com pontos turísticos, mas não somos uma cidade turística nem na zeladoria”, refletiu, ao mencionar o atraso na homologação da pista do aeroporto, a falta de previsão para voos continentais, as demandas do serviço aéreo doméstico e a deficiência da BR-277.

Hospital Municipal

Na avaliação do candidato, gestores do passado cometeram “erro grave” ao implementar a gestão plena da saúde em Foz do Iguaçu – adotada na administração do ex-prefeito Harry Daijó. Para ele, os problemas atuais da unidade também têm relação com essa decisão, além do fato de o equipamento atender pessoas da região e de países vizinhos. E cobrou maior comprometimento dos governos estadual e federal no financiamento do hospital.

Zé Elias identificou ineficiência no gerenciamento da saúde iguaçuense. “O que está faltando é gestão. Como está sendo gasto o recurso? Estão faltando critérios, e o gestor público precisa dialogar com os profissionais da saúde e envolver a sociedade na busca de soluções”, sublinhou, revelando que Foz do Iguaçu possui uma fila de 2.800 crianças à espera de atendimento para diagnóstico em neuropediatria, além de outras especialidades represadas.

Prefeitura e Câmara

Sobre sua visão quanto à relação atual entre a prefeitura e a Câmara de Vereadores, poderes independentes, Zé Elias foi taxativo ao dizer que “hoje é troca de favores, qualquer projeto que o prefeito mandar será aprovado, eles [vereadores] vão dizer amém, com raras exceções”. Em seu governo, garantiu que não vai haver cargo comissionado para trocar com vereadores, imputando aos edis o “papel importante de criar leis, fiscalizar e indicar melhorias”.

CCs da prefeitura e “voto consciente”

Questionado se priorizou servidores concursados durante o período em que ocupou uma secretaria municipal na gestão atual, Zé Elias respondeu que contou muito com o funcionalismo de carreira, pelas condições técnicas dos profissionais. Reafirmou que irá cortar 80% dos cargos comissionados, os CCs da prefeitura, destinando o valor economizado para custear a tarifa zero do transporte coletivo para toda a população, a partir de 1.º de janeiro.

Zé Elias disse que vai reordenar os recursos oriundos dos royalties da Itaipu Binacional para investimentos, em percentual ascendente anualmente. E mencionou querer o “voto consciente” do iguaçuense, que é aquele que não gostaria de atuar na política nem apoiar um candidato, mas é ele quem tem a condição da mudança em uma eleição. Ao concluir, o candidato a prefeito se comprometeu a realizar uma gestão eficiente “para a população ter orgulho de viver em Foz do Iguaçu”.

Campanha

Na campanha eleitoral, o candidato a prefeito pretende destinar até R$ 1 milhão, repasse partidário. Esse valor, declarou, também irá custear materiais de candidatos a vereador do União Brasil, que possui 16 postulantes.

Bio

Zé Elias chegou a Foz do Iguaçu há cerca de 30 anos. É empresário, conhecido pela atuação na educação, mas exerceu atividades em áreas como turismo, comércio exterior e mídias. É casado com Ana Carolina e pai de três filhos iguaçuenses, com idades de 8, 11 e 14 anos. É a sua primeira disputa a cargos eletivos.

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